Mais um vídeo de câmeras de segurança mostra os detalhes da confusão que terminou com a morte da advogada Juliana Chaar, de 36 anos, na madrugada do último sábado, 21, nas proximidades do bar Dibuteco, no bairro Isaura Parente, em Rio Branco.
Nas imagens que circulam nas redes sociais, é possível ver um grupo de pessoas do lado de fora do estabelecimento e iniciando uma discussão com outro grupo. A conversa rapidamente evolui para uma briga generalizada. Durante o tumulto, o advogado Keldheky Maia corre até um carro branco, estacionado na rua, saca uma arma de fogo e faz disparos na direção do grupo rival.
Poucos minutos depois, outro vídeo registra o momento em que uma caminhonete preta avança contra Juliana e o próprio Keldheky. A advogada foi atingida em cheio e caiu desacordada na via pública. Ela recebeu atendimento ainda no local por uma equipe do Samu, mas, apesar dos esforços médicos, não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois no Pronto-Socorro da capital.
De acordo com a polícia, a confusão começou ainda dentro da casa noturna e se agravou do lado de fora. Dois dos envolvidos, Dhiones Siqueira Passos e Keldheky Maia, foram detidos sob efeito de álcool logo após os fatos.
Solto após audiência
Keldheky, amigo de Juliana, foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, mas foi liberado no domingo, 22, após passar por audiência de custódia. Pelas redes sociais, o advogado Roraima Rocha, da defesa de Keldheky, disse após a soltura dele que a “a verdade começa a vir à tona”
“A liberdade de quem defendeu — e não atacou – é mais do que justa. Keldheck não só tentou proteger Juliana… como também foi atropelado. Ele também é vítima. E justiça de verdade? Essa só será feita quando os verdadeiros assassinos forem condenados e presos”, escreveu.
A polícia agora trabalha para identificar oficialmente quem dirigia a caminhonete envolvida no atropelamento.
Testemunhas relataram à polícia que o atropelamento foi intencional. A investigação segue sob responsabilidade da Polícia Civil, que também apura os crimes de tentativa de homicídio e disparo de arma de fogo em via pública.
Juliana Chaar era servidora do Tribunal de Justiça do Acre e ex-colaboradora da OAB-AC. Ambas as instituições emitiram notas de pesar lamentando a morte e cobrando rigor nas investigações. O bar Dibuteco também divulgou uma nota, destacando que os fatos ocorreram em via pública e que está colaborando com as autoridades.
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