Eleito e reeleito prefeito de Rio Branco pelas urnas eletrônicas, Tião Bocalom (PL) pôs em dúvida, nesta quarta-feira, 25, o atual sistema de votação no Brasil, ao defender a volta do voto impresso.
A fala se deu durante sessão solene em alusão aos 50 anos do Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC), realizada na Assembleia Legislativa do estado (Aleac).
“Existe uma dúvida grande em relação ao voto eletrônico. Está se discutindo a impressão dos votos. Eu acho muito importante. É a melhoria e a transparência da democracia. Eu tenho defendido e volto a insistir, porque sou um grande beneficiário do TRE”, disse Bocalom, que também já foi eleito e reeleito prefeito de Acrelândia, no interior do estado.
Após a fala polêmica, várias autoridades saíram em defesa do atual sistema de votação, tido como um dos mais seguros no mundo, gerando um clima de constrangimento na sessão.
Ao criticar o voto eletrônico, Bocalom faz coro ao seu colega de partido, o ex-presidente da República Jair Bolsonaro. Mesmo eleito, durante décadas, pelas urnas atuais, o líder de extrema direita, que está inelegível e responde no Supremo Tribunal Federal (STF) por 5 crimes relacionados a atentados contra a democracia, põe em cheque a credibilidade do voto eletrônico, mesmo sem qualquer prova de manipulação de resultados eleitorais.