A publicitária brasileira Juliana Marins, 26 anos, foi localizada nesta segunda-feira (23/6) por equipes de busca na Indonésia, após três dias desaparecida no Monte Rinjani, segundo vulcão mais alto do país. Em nota oficial, o Parque Nacional Gunung Rinjani informou que a jovem está presa em um penhasco rochoso, a cerca de 500 metros de profundidade, e permanece “visualmente imóvel”.
Juliana foi localizada com o auxílio de um drone por volta das 6h30 no horário local (19h30 de domingo no horário de Brasília). Ela está em uma área de difícil acesso, com neblina densa, o que tem dificultado os trabalhos das equipes de resgate.
“Dois membros da equipe foram enviados ao local para tentar criar uma segunda ancoragem e alcançar a vítima, mas a presença de grandes saliências na rocha e o risco elevado obrigaram a suspensão temporária da operação por questões de segurança”, informou o parque.
Em reunião emergencial realizada nesta segunda, o governador da província de Nusa Tenggara Ocidental pediu a aceleração da operação e cogitou o uso de um helicóptero com guincho para a remoção aérea da brasileira. A Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas) informou que o procedimento aéreo é tecnicamente viável, mas depende da melhora nas condições climáticas e da disponibilidade de aeronave equipada para esse tipo de missão.
Detalhes da queda
A família de Juliana, que acompanha a situação do Brasil, demonstrou preocupação com a demora no resgate e disse que ela permanece há mais de 72 horas sem acesso a água, comida ou agasalhos. Eles também apontaram falhas na condução da trilha, relatando que a jovem teria sido deixada para trás pelo guia após manifestar cansaço.
Juliana desapareceu no sábado (21/6), durante uma trilha de três dias organizada por uma agência local de turismo. O grupo deveria concluir o percurso no domingo. A última imagem dela antes do acidente havia sido registrada por um drone de turistas, por volta das 17h10 do horário local.
O Monte Rinjani, com 3.726 metros de altura, é conhecido por suas trilhas desafiadoras, clima instável e riscos de queda em áreas de penhascos e crateras. As equipes de resgate continuam mobilizadas e em alerta para retomar a tentativa de acesso ao local onde a brasileira está.
Por: Correio Braziliense