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Como a psicologia explica aromas nostálgicos, como o de grama recém-cortada

Os alimentos e aromas que associamos à nossa infância podem ser uma fonte significativa de conforto e conexão, conforme professora de psicologia.

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
20/06/2025 - 14:45
Como a ciência explica alimentos e aromas nostálgicos — Foto: Pexels

Como a ciência explica alimentos e aromas nostálgicos — Foto: Pexels

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Ao caminhar pela minha vizinhança à noite, sou atingida pelos cheiros do verão: grama recém-cortada, hambúrgueres grelhando e um leve aroma de cloro de piscina. Esses também são os cheiros dos verões da minha adolescência e me lembram as noites de sexta-feira na piscina comunitária com meus amigos e nossas famílias reunidas em torno de mesas de piquenique entre os mergulhos. As lembranças sempre trazem um sorriso ao meu rosto.

Como psicóloga social, não deveria me surpreender ao sentir essa sensação calorosa. Minha pesquisa se concentra na nostalgia — um desejo sentimental por momentos preciosos do nosso passado pessoal — e em como a nostalgia está ligada ao nosso bem-estar e aos nossos sentimentos de conexão com os outros.

Desencadeada por estímulos sensoriais como música, aromas e alimentos, a nostalgia tem o poder de nos transportar mentalmente de volta no tempo. Isso pode ser para ocasiões importantes, momentos de triunfo e, principalmente, momentos envolvendo familiares e amigos próximos e outras pessoas importantes em nossas vidas. Acontece que essa experiência é boa para nós.

Como o conceito de nostalgia evoluiu
Durante séculos, a nostalgia foi considerada prejudicial à saúde. No século 17, um estudante de medicina suíço chamado Johannes Hofer estudou mercenários nas planícies italianas e francesas que ansiavam desesperadamente por suas terras natal nas montanhas. Testemunhando seu choro e desânimo, ele cunhou o termo nostalgia e atribuiu-o a uma doença cerebral. Outros pensadores da época ecoaram essa visão, que persistiu durante os séculos 18 e 19.

No entanto, os primeiros pensadores cometeram um erro: eles presumiram que a nostalgia causava sintomas desagradáveis. Pode ter sido o contrário. Experiências desagradáveis, como solidão e luto, podem despertar nostalgia, que pode então ajudar as pessoas a lidar mais eficazmente com essas dificuldades.

Hoje, os pesquisadores veem a nostalgia como uma experiência emocional predominantemente positiva, embora agridoce, que serve como fonte de bem-estar psicológico. É importante ressaltar que essa visão tem sido apoiada por pesquisas científicas.

Como a nostalgia inspira conexão e pertencimento
A nostalgia traz muitos benefícios. Ela aumenta os sentimentos de otimismo e inspiração e faz com que as pessoas tenham uma visão mais positiva de si mesmas. Quando as pessoas sentem nostalgia, elas têm uma sensação maior de que suas vidas são significativas.

Os benefícios sociais da nostalgia são particularmente bem comprovados. A nostalgia aumenta a empatia e a disposição das pessoas em ajudar aqueles ao seu redor, como voluntariado em eventos comunitários e doações para instituições de caridade.

A nostalgia também faz com que as pessoas se sintam mais conectadas socialmente com seus entes queridos, aumentando a sensação de que são amadas, conectadas, protegidas e confiantes em relação aos outros. A nostalgia ajuda as pessoas a se sentirem mais seguras em seus relacionamentos íntimos e aumenta a satisfação nos relacionamentos.

Embora a nostalgia seja uma experiência universal, ela também é profundamente pessoal. Os momentos pelos quais cada um de nós sente nostalgia e os estímulos que podem desencadear nossas memórias nostálgicas podem variar de pessoa para pessoa, dependendo das experiências que cada um de nós tem. Mas pessoas da mesma cultura podem encontrar estímulos semelhantes que lhes causam nostalgia. Em um estudo de 2013, por exemplo, minha equipe descobriu que os participantes americanos classificaram o tempero de torta de abóbora como o aroma que mais evoca nostalgia entre uma variedade de opções.

O poder nostálgico dos aromas e dos alimentos
Em 1922, o romancista francês Marcel Proust escreveu sobre o poder dos aromas e dos alimentos para despertar a nostalgia. Ele descreveu vividamente como a experiência de cheirar e comer um bolo embebido em chá o transportou mentalmente de volta às experiências da infância com sua tia em sua casa e aldeia. Esse tipo de experiência é agora frequentemente referido como o efeito Proust.

A ciência confirmou o que Proust descreveu. Nosso sistema olfativo, o sistema sensorial responsável pelo nosso olfato, está intimamente ligado às estruturas cerebrais associadas às emoções e à memória autobiográfica. Os cheiros combinam-se com os sabores para criar nossa percepção do sabor.

Os alimentos também tendem a ser centrais nas reuniões sociais, tornando-os facilmente associados a essas memórias. Por exemplo, um churrasco de verão pode parecer incompleto para alguns sem fatias de melancia suculenta. E a torta de abóbora caseira pode ser uma sobremesa essencial em muitas mesas de Ação de Graças. A melancia ou a torta podem então servir como o que é conhecido em psicologia social como substitutos sociais, alimentos que servem como substitutos de relacionamentos valiosos devido à sua inclusão em ocasiões passadas com entes queridos.

Minha equipe de pesquisa e eu queríamos saber como as pessoas se beneficiavam ao sentir nostalgia quando encontravam os aromas e alimentos de seu passado. Começamos em 2011 expondo os participantes do estudo a 33 aromas e escolhemos 12 deles para nosso estudo. Os participantes classificaram alguns aromas, como especiarias de torta de abóbora e talco de bebê, como altamente evocativos de nostalgia, enquanto classificaram outros — como dinheiro e cappuccino — como menos evocativos.

Aqueles que experimentaram mais nostalgia ao sentir os aromas experimentaram emoções mais positivas, maior autoestima, maior sentimento de conexão com seu eu passado, maior otimismo, maior sentimento de conexão social e uma maior sensação de que a vida é significativa.

Chegamos a conclusões semelhantes quando estudamos a nostalgia por alimentos. Os alimentos pareciam estar mais fortemente ligados à nostalgia do que os aromas ou a música, quando comparamos a quantidade de nostalgia que nossos participantes experimentaram por alimentos com o que os participantes de pesquisas anteriores experimentaram por aromas e músicas. Mais recentemente, descobrimos que os alimentos nostálgicos são reconfortantes e que as pessoas os consideram reconfortantes porque eles as lembram de momentos importantes ou significativos com seus entes queridos.

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Equilibrando benefícios e desvantagens
Embora a nostalgia possa estar associada a alimentos que devem ser consumidos com moderação, como hambúrgueres e biscoitos, existem outras maneiras de canalizar nossa nostalgia por meio dos alimentos.

Podemos sentir nostalgia com alimentos saudáveis. Por exemplo, fatias de laranja me lembram o intervalo dos jogos de futebol da minha infância. E muitas pessoas, incluindo os participantes da nossa pesquisa, sentem uma nostalgia intensa em relação à melancia. Outros pesquisadores descobriram que o tofu é um alimento nostálgico para os participantes chineses.

Mas quando a nostalgia envolve o consumo de alimentos não saudáveis, ainda existem outras maneiras de experimentá-la sem comprometer a saúde. Descobrimos que os participantes experimentaram os benefícios da nostalgia evocada pela comida apenas imaginando e escrevendo sobre os alimentos – sem necessidade de consumo. Outros pesquisadores descobriram que desenhar alimentos reconfortantes pode aumentar o bem-estar. Mesmo consumir alimentos menos saudáveis de forma mais consciente ajuda as pessoas a apreciar a comida enquanto reduzem o consumo calórico.

Antes vista como prejudicial à nossa saúde, a nostalgia nos oferece uma oportunidade de colher inúmeras recompensas. Com alimentos nostálgicos, podemos nutrir tanto nosso corpo quanto nossa saúde psicológica.

*Este texto foi publicado originalmente em inglês no site The Conversation e tem autoria de Chelsea Reid, professora de psicologia no College of Charleston, nos Estados Unidos.

Por: Revista Galileu

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