O Acre vive uma escalada preocupante nos casos de dengue e já ocupa a terceira posição no ranking nacional de incidência da doença, segundo dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde. Até o dia 13 de junho de 2025, foram registrados 9.042 casos prováveis em todo o estado. A capital, Rio Branco, concentra a maior parte das notificações, com 3.486 casos prováveis e um óbito confirmado.
Com um coeficiente de incidência estadual de 1.026,8 casos por 100 mil habitantes, o Acre é superado apenas por São Paulo (1.825,4) e Goiás (1.123,3). A média nacional é de 711,1 casos por 100 mil habitantes. Em todo o Brasil, já são 1.511.678 casos prováveis, com 1.296 óbitos confirmados e outros 651 em investigação.
A taxa de letalidade no Acre é de 0,03% para casos prováveis, mas chega a alarmantes 5,88% nos casos graves, acendendo o alerta das autoridades de saúde.
Coeficiente vacinal
A capital acreana registrou, ainda segundo PNI, 4,54%, número bem abaixo do inicial. Segundo a Renata, a coordenadora estadual do Programa Nacional de Imunização (PNI), Renata Quiles, a vacinação contra dengue está incorporada exclusivamente ao calendário de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.
“Temos identificado baixa vacinação entre este público, oque é preocupante, uma vez que foi este público que apresentou quadros graves de internações e óbito pela doença, especialmente pelo sorotipo 2”, explicou.
Ainda segundo Renata, o Estado registrou apenas 7,75% de vacinação em um dos públicos-alvo: o de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Acrelândia é o município com maior cobertura, com 24,04% de imunizações.
