O Acre contabilizou 8.939 casos prováveis de dengue entre janeiro e 21 de junho de 2025, segundo dados do Boletim Epidemiológico mais recente divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). Desse total, 5.535 casos foram confirmados.
A capital, Rio Branco, e o município de Cruzeiro do Sul concentram o maior número de registros no estado, com predomínio de confirmações por exames laboratoriais. No entanto, localidades como Epitaciolândia, Assis Brasil e Manoel Urbano ainda têm elevado número de confirmações por critério clínico-epidemiológico.
Já os municípios de Capixaba, Jordão e Santa Rosa do Purus não tiveram nenhum caso confirmado no período, o que, segundo a Sesacre, pode estar relacionado à subnotificação ou pendências no encerramento de casos.
De acordo com a análise por regionais de saúde, houve um aumento expressivo de 135,2% nos casos prováveis em todo o estado em comparação ao mesmo período de 2024.
A Regional do Juruá apresentou o maior crescimento, com alta de 283,7%. Dos sete municípios da regional, apenas Mâncio Lima teve redução de casos. A Regional do Baixo Acre, onde está Rio Branco, concentra 87,4% de todas as notificações. Por outro lado, o Alto Acre foi a única regional com redução no número de casos, embora a Sesacre alerte para a necessidade de vigilância contínua por se tratar de uma área de fronteira aberta.
Em 2025, já foram confirmadas três mortes por dengue no estado — uma em Rio Branco, uma em Cruzeiro do Sul e uma em Tarauacá.
As autoridades de saúde reforçam a importância do combate aos focos do mosquito Aedes aegypti e do atendimento precoce aos sintomas da doença, como febre alta, dores musculares e manchas vermelhas na pele.