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Cobertura vacinal contra dengue no Acre é baixa; apenas 22% das crianças e adolescentes tomaram a 1º dose

Cobertura vacinal contra dengue no Acre é baixa; apenas 22% das crianças e adolescentes tomaram a 1º dose

Foto: Agência Brasil

O Acre apresenta baixa cobertura vacinal contra a dengue entre crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, segundo dados do Ministério da Saúde atualizados até 25 de junho de 2025. Em todo o estado, apenas 21,79% do público-alvo recebeu a primeira dose da vacina. A cobertura da segunda dose é ainda mais preocupante: apenas 7,75% completaram o esquema vacinal.

Entre os 22 municípios acreanos, Jordão lidera com a maior cobertura da 1ª dose, alcançando 62,10% de imunização, seguido por Manoel Urbano (56,01%) e Acrelândia (51,28%). No extremo oposto, municípios como Tarauacá, Cruzeiro do Sul e Rio Branco apresentam os piores índices.

Rio Branco: alta incidência e baixa vacinação

Rio Branco contabilizou 3.486 casos prováveis da doença e um óbito até 13 de junho, conforme o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde. Apesar da alta circulação viral, a vacinação infantil segue aquém do necessário. Dos 28.831 adolescentes e crianças da faixa etária entre 10 e 14 anos, apenas 13,86% receberam a primeira dose da vacina contra a dengue — o que representa 3.997 pessoas. A segunda dose foi aplicada em apenas 4,54% do público-alvo, o equivalente a 1.310 imunizados.

A coordenadora estadual do Programa Nacional de Imunização (PNI), Renata Quiles, destacou que a vacinação contra a dengue está, atualmente, incorporada exclusivamente ao calendário de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Segundo ela, esse grupo é justamente o que mais preocupa:

“Temos identificado baixa vacinação entre este público, o que é preocupante, uma vez que foi este público que apresentou quadros graves de internações e óbito pela doença, especialmente pelo sorotipo 2”, explicou.

Disparidades regionais desafiam combate à doença

Além de Rio Branco, outras grandes cidades do estado também registram coberturas vacinais abaixo da média. Cruzeiro do Sul, por exemplo, aplicou a primeira dose em apenas 14,87% do público-alvo e a segunda em 3,86%. Por outro lado, municípios como Sena Madureira (42,03% na 1ª dose), Santa Rosa do Purus (41,69%) e Capixaba (36,53%) mostram desempenho mais positivo, embora ainda insuficiente.

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