Os servidores da Educação Municipal voltaram a protestar nesta segunda-feira, 2. Desta vez, o grupo, que está em greve há 11 dias, se reúne em frente à Secretaria Municipal de Educação (Seme) para chamar atenção da gestão.
A categoria cobra o reajuste do piso do magistério, recomposição salarial dos demais servidores, pagamento de auxílios alimentação e saúde, e o cumprimento da horatividade — período extraclasse garantido por lei. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Acre (Sinteac), 80 das 94 escolas da rede municipal seguem com atividades paralisadas.
Ainda na sexta-feira, 30, o Sinteac e a Prefeitura se reuniram, na 1ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Acre, em audiência de conciliação, que terminou sem acordo. A gestão municipal solicitou prazo até o dia 10 de junho para apresentar um estudo do orçamento que sirva de base para avaliar a viabilidade das reivindicações da categoria. Como condição, porém, pediu a suspensão do movimento grevista. O Sinteac, por sua vez, informou que não pode decidir sem ouvir a base.

De acordo com a presidente do Sinteac, Rosana Nascimento, a ideia é fazer com que o secretário de Educação, Alysson Bestene não ponha a greve no esquecimento.
“Eles [a gestão municipal] estão ignorando a greve dos servidores, entraram com o pedido de ilegalidade da greve, dizendo que o sindicato não fez os protocolos de greve. Nós fizemos sim, nossa greve é legal sim”, explicou, acrescentando ainda que já são dois anos sem reajuste. “Eles alegam não ter dinheiro, mas nós fizemos um estudo e tem dinheiro. sim, inclusive gastavam 100% do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), já não estão mais gastando 100% do Fundeb, significa que os recursos aumentaram”.
Rosana também questionou o valor dos salários dos secretários. “Ou seja, falta prioridade, falta a gestão dizer onde estão as prioridades. Infelizmente, a prioridade do prefeito são 31 pessoas, em detrimento de mais de 5 mil servidores, e isso a categoria não aceita, isso a população não deve aceitar”, enfatizou.
Enquanto o impasse continua, a Prefeitura afirma que está aberta ao diálogo, mas que qualquer avanço dependerá dos limites da responsabilidade fiscal. Uma comissão técnica foi criada para analisar os dados e apresentar propostas até junho.
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