Julho, tradicionalmente o mês mais frio e seco no Acre, começa com a chegada de uma intensa onda de frio polar, que deve derrubar as temperaturas em todo o estado. A previsão é do pesquisador meteorológico Davi Friale, que publicou análise sobre o comportamento climático esperado para o mês, com destaque para noites geladas, dias ensolarados e ar extremamente seco.
Segundo Friale, julho é o período do ano com os menores índices de chuva no Acre e as temperaturas mais baixas do calendário. A média de precipitação é de apenas 28,2mm em Rio Branco e 59,1mm em Cruzeiro do Sul. “São, em média, apenas três dias com chuva igual ou superior a 1mm na capital”, reforça o pesquisador.
Julho também marca o afélio – momento em que a Terra está mais distante do Sol –, o que contribui para a intensificação do frio, especialmente nas noites. “No Acre, são comuns dias extremamente secos e ensolarados e noites frias e estreladas, com temperaturas, ao amanhecer, abaixo de 16ºC”, diz.
Friale lembra que os recordes históricos de frio no estado durante o mês aconteceram em 1975, quando Rio Branco registrou 6,0ºC e Tarauacá chegou a 8,0ºC. Já o maior volume de chuva em 24 horas no mês de julho ocorreu em 1980, com 70,2mm em Rio Branco, e em 1972, com 94,4mm em Cruzeiro do Sul.
Para julho de 2025, o pesquisador aponta tendência de temperaturas um pouco abaixo da média, com chuvas dentro da normal climatológica, podendo variar até 20% para mais ou para menos. A previsão é de que, além da frente fria do início do mês, pelo menos uma nova onda polar atinja o estado na segunda quinzena.
“Começaremos o mês com uma brusca e acentuada queda de temperatura, que será sentida principalmente em Rio Branco e no vale do rio Acre. Depois, teremos vários dias com extrema baixa umidade do ar e dias ensolarados, porém, na segunda quinzena do mês, deverá chover e chegar ao estado, pelo menos, uma nova onda de frio polar”, prevê Friale.