A Justiça acreana decretou nesse domingo, 22, a prisão preventiva de Diego Luiz Gois Passo, suspeito de atropelar e matar a advogada Juliana Chaar Marçal, de 36 anos, durante uma briga generalizada nas proximidades de uma casa noturna em Rio Branco, na madrugada de sábado, 21. O mandado foi expedido pela Vara Estadual do Juiz das Garantias, após representação formal da Polícia Civil.
Segundo a decisão judicial, Diego deve ser preso e recolhido em unidade prisional assim que for localizado pelas autoridades. A prisão é fundamentada no artigo 121, inciso I, do Código Penal, que trata do crime de homicídio, e visa assegurar a ordem pública, garantir a instrução criminal e evitar a fuga do acusado, que se encontra foragido.
A determinação judicial também obriga as autoridades policiais a comunicarem o cumprimento da ordem imediatamente ao juízo responsável, além de assegurar a realização de audiência de custódia conforme previsto em lei.
Investigação
De acordo com a Polícia Civil, Diego Luiz foi identificado como o condutor da caminhonete preta que atropelou Juliana Chaar, após ela tentar apartar uma briga entre dois grupos, do lado de fora do bar Dibuteco, no bairro Isaura Parente. Testemunhas relataram que a vítima teria agido para proteger um amigo envolvido no conflito.
O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O delegado responsável, Cristiano Bastos, confirmou que já foram realizadas diligências tanto na zona urbana quanto na zona rural, com apoio de familiares e contatos com o advogado de Diego, na tentativa de obter sua apresentação voluntária — o que até o momento não ocorreu.
As investigações ainda apuram se o atropelamento foi intencional, e se houve outros crimes relacionados aos disparos de arma de fogo feitos por um terceiro envolvido na confusão, identificado como Keldheky Maia, amigo de Juliana, que chegou a ser preso por porte ilegal de arma. Imagens das câmeras de segurança contradizem sua versão inicial de que teria atirado apenas para o alto, indicando que ele pode ter disparado em direção a pessoas.
A família de Juliana segue pedindo justiça e celeridade na apuração dos fatos. A expectativa é que, com o mandado já expedido, a prisão de Diego ocorra em breve, segundo a Polícia Civil.