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Justiça do Acre mantém pena de quase 35 anos para mulher condenada pela morte adolescente sob ordens de facção

Justiça do Acre mantém pena de quase 35 anos para mulher condenada pela morte adolescente sob ordens de facção

Raquel Melo de Lima, de 13 anos, foi morta em Rio Branco — Foto: Arquivo pessoal

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) decidiu manter, por unanimidade, a condenação de Tatiane Souza da Silva, sentenciada a 34 anos, 11 meses e 6 dias de reclusão por crimes ligados à atuação em facção criminosa, incluindo homicídio triplamente qualificado de uma adolescente de 13 anos, sequestro, ocultação de cadáver e organização criminosa armada.

A defesa, representada pela Defensoria Pública, recorreu pedindo a diminuição da pena, alegando excesso na valoração negativa de elementos como culpabilidade, circunstâncias e consequências dos crimes. No entanto, o relator do caso, desembargador Francisco Djalma, rejeitou os argumentos e afirmou que a sentença está devidamente fundamentada com base em provas concretas.

Entre os fundamentos apontados para manter a pena elevada, o relator destacou que o homicídio foi premeditado, cometido com crueldade e concurso de agentes, dentro de um contexto de tribunal do crime.

A vítima, uma criança de 13 anos, foi submetida a terror psicológico e físico antes de ser morta, o que, segundo o desembargador, justifica o agravamento das penas.

Relembre o caso

Em 31 de janeiro de 2021, o corpo de Raquel, de 13 anos, foi encontrado enterrado em uma cova rasa na Estrada do Amapá por policiais militares e civis. Ela havia sido raptada junto com a mãe, no dia 29, após saírem da igreja, quando foram cercadas por cinco pessoas que seriam integrantes de uma facção criminosa.

Raquel seria pertencente a uma facção criminosa, mas havia pedido para sair. A polícia afirmou, à época, que a irmã da vítima também havia sido morta, um mês antes.

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