O caso de racismo envolvendo o jogador Erick Rodrigues da Silva, do Galvez Esporte Clube, durante uma partida do Campeonato Acreano Sub-20, será investigado pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC). A Promotoria de Justiça Especializada de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar os fatos.
O episódio ocorreu na última terça-feira, 17, durante o confronto entre Galvez e Santa Cruz, no Estádio Florestão, em Rio Branco. Segundo relatos da diretoria do Galvez e o que foi registrado na súmula da partida, o atleta foi alvo de ataques racistas por parte de pelo menos um jogador do time adversário.
De acordo com o Ministério Público, um ofício já foi enviado à Polícia Civil solicitando informações sobre o caso, além de outras providências para aprofundar a investigação. A intenção é reunir elementos de prova que confirmem a prática de crime de racismo, o que pode resultar em medidas judiciais contra os responsáveis.
Repercussão e posicionamento dos clubes
Logo após a partida, o Galvez Esporte Clube divulgou uma nota oficial relatando que o jogador Erick foi chamado de “urubu” e ainda sofreu gestos depreciativos, com insinuações de que “estava fedendo”. A diretoria afirmou que o episódio foi presenciado por membros da equipe de arbitragem e que o quarto árbitro se comprometeu a incluir os fatos na súmula oficial do jogo.
O clube também manifestou solidariedade ao atleta e garantiu que já acionou o departamento jurídico para tomar todas as providências cabíveis. “Reafirmamos de forma inegociável que não toleramos nenhuma forma de racismo no esporte ou fora dele”, destacou a direção do Galvez.
Por sua vez, o Santa Cruz divulgou nota reforçando o compromisso com o combate ao preconceito e afirmou aguardar a apuração completa dos fatos pelas autoridades competentes. O clube se comprometeu a adotar medidas internas, caso as denúncias sejam confirmadas.
