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MPF apura atuação de forças de segurança em protesto durante evento na Ufac

MPF apura atuação de forças de segurança em protesto durante evento na Ufac

Foto: Reprodução

Após o tumulto gerado por um protesto na Universidade Federal do Acre (Ufac) durante a GCF Force, realizada no último dia 23 de maio, entre manifestantes e seguranças do evento, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou procedimento administrativo para acompanhar a existência e a aplicação de protocolos, diretrizes e boas práticas pelas forças de segurança do Estado.

O protesto começou durante o discurso do governador Gladson Cameli, que participava da cerimônia de abertura do encontro internacional que reúne representantes de países e estados amazônicos.Com faixas com frases como “A floresta não é negócio”, “Concurso independência Sema e Imac” e “A floresta não se negocia”, os manifestantes interromperam o discurso gritando palavras de ordem como “o agro é morte” e “o agro não é pop”. Cameli chegou a responder os protestos em tom firme, mas a situação rapidamente saiu do controle.

Para o procurador da República Lucas Costa Almeida Dias, não foram observadas boas práticas, orientações e protocolos interventivos, tendo em vista que foi aplicado o uso imedido da força física antes de outros instrumentos. Segundo ele, o direito ao protesto pacífico é assegurado pela Constituição Federal, sendo parte essencial da democracia e do exercício da cidadania.

Além disso, Dias aponta ainda que padrões internacionais de direitos humanos reconhecem que o direito de manifestação é desdobramento dos direitos à liberdade de expressão e à liberdade de associação e reunião pacífica, além de reconhecerem o papel positivo das manifestações no fortalecimento dos direitos humanos e da democracia.

Com base em diretrizes do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, que orienta a atuação dos agentes públicos por meios não violentos em manifestações, o MPF requisitou:

 

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