O Acre registrou 376 desaparecimentos em 2024, conforme dados do Mapa da Violência 2025, divulgado pelo Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp). A taxa foi de 42,70 desaparecidos para cada 100 mil habitantes, representando um aumento de 2,17% em relação a 2023, quando foram registrados 368 casos (taxa de 41,98/100 mil habitantes).
Os dados revelam um crescimento proporcionalmente mais acentuado entre as mulheres e menores de idade. Em 2024, 137 desaparecidos eram do sexo feminino e 235, do sexo masculino, com quatro casos sem informação de gênero. Em comparação, no ano anterior foram 118 mulheres e 248 homens desaparecidos, além de dois casos não informados. Isso representa um aumento de 5,74% nos registros femininos e de 1,67% entre os masculinos.
A faixa etária também traz um alerta: em 2024, foram registrados 118 desaparecimentos de menores de idade, ante 98 em 2023, o que corresponde a uma elevação de mais de 20%. Entre os adultos, foram 238 desaparecimentos neste ano, contra 256 no ano anterior, sugerindo uma leve queda nessa faixa. Em ambos os anos, uma parcela dos casos não teve a idade informada (20 em 2024 e 14 em 2023).
Cenário nacional
No Brasil, a maioria dos desaparecidos também é do sexo masculino (63,80%), com as mulheres representando 35,31% dos casos. Em 0,89% das ocorrências, não houve identificação do sexo. Um destaque atípico vem de Roraima, onde os desaparecimentos foram quase equilibrados entre os gêneros: 251 mulheres e 270 homens. Já Pernambuco liderou em registros sem informação sobre o sexo da pessoa desaparecida, com 277 casos.
Quanto à idade, 70,06% dos desaparecidos no país são adultos, enquanto 27,21% são crianças e adolescentes. O estado de São Paulo lidera tanto em números absolutos de adultos desaparecidos (14.823 casos) quanto de menores (4.807 casos). Em termos de redução, o Distrito Federal se destacou com 165 casos a menos de desaparecimentos de menores, seguido pelo Amazonas, com queda de 96 registros.
Por outro lado, os maiores aumentos percentuais no número total de desaparecimentos foram registrados no Amapá (27,64%), Sergipe (19,02%) e Bahia (14,92%). Entre as quedas mais expressivas estão o Pará (-20,06%), o Distrito Federal (-19,51%) e o Amazonas (-15,34%).