A Prefeitura de Rio Branco lançou, na manhã desta terça-feira, 10, no Horto Florestal, uma iniciativa que promete minimizar os efeitos das queimadas, que, comumente, ocorre no Estado entre junho e novembro, no período de estiagem. Por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia), a gestão marcou o início da execução do Plano Municipal de Prevenção e Combate às Queimadas Urbanas, além da apresentação de dois sistemas inovadores: a Gestão Estadual Local (GEL) – uma ferramenta de gestão ambiental -, bem como o novo portal de denúncias.
O objetivo é apresentar à população as estratégias preventivas, educativas e fiscalizatórias que serão adotadas neste ano, com foco na redução dos focos de incêndio em áreas urbanas. De acordo com o vice-prefeito, os índices de queimadas vêm diminuindo ao longo da atual gestão, resultado de ações conjuntas entre a Semeia e a Secretaria de Cuidados com a Cidade, responsáveis, entre outras coisas, pela limpeza de lotes urbanos.

Além disso, Bestene destacou que o objetivo das novas medidas é proteger a saúde pública, principalmente de crianças e idosos, diante da intensificação do período de estiagem provocado pelas mudanças climáticas.
“Essas ações se somam ao plano construído durante a Conferência Municipal do Meio Ambiente e visam não apenas punir, mas educar a população”, afirmou o vice-prefeito.
Segundo a secretária Flaviane Stedille, o GEL — Gestão Estratégica Local — permitirá que os agentes ambientais atuem com mais inteligência e precisão, otimizando a resposta aos focos de queimadas. Já o novo portal de denúncias resolve uma falha antiga na comunicação com o cidadão.
“Antes, as denúncias eram feitas apenas por WhatsApp, e o denunciante não sabia o que acontecia depois. Com o novo sistema, será possível acompanhar o andamento da denúncia por e-mail, WhatsApp ou diretamente pelo portal”, explicou. A secretária também alertou que muitas denúncias ainda chegam com poucas informações, dificultando a identificação dos responsáveis.
Prevenção
Em 2024, o Rio Acre, em Rio Branco, enfrentou a segunda maior cheia de sua história e, dois meses depois, a pior seca já registrada.
Em junho do ano passado, o acumulado não passou de 21,1 milímetros, apenas 34% do total esperado para o mês. Julho foi marcado por total ausência de precipitação, o que agravou a situação de seca. Agosto também não trouxe alívio, com apenas uma precipitação significativa no dia 9, que somou pouco mais de 1 milímetro. Da mesma forma, setembro registrou chuvas abaixo do esperado.
Com a seca e a falta de chuvas, as queimadas no Acre atingiram níveis preocupantes. Em setembro, foram com 3.855 focos, quase o dobro dos contabilizados em agosto, que somaram pouco mais de 1,9 mil focos. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).