O advogado Rodrigo Aiache, que é presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Acre (OAB-AC), publicou nesta segunda-feira, 23, por meio do seu escritório, uma nota de pesar lamentando a morte da advogada Juliana Chaar Marçal, de 36 anos, atropelada na madrugada do último sábado, 21, durante uma briga generalizada nas proximidades de uma casa noturna em Rio Branco. Juliana era ex-colaboradora do escritório de Aiache e também amiga pessoal dele.
No comunicado, o advogado descreveu Juliana como uma pessoa querida, competente e de bom coração. “Juliana reunia o que há de melhor em um ser humano. Competente, esforçada, inteligente e uma das pessoas mais simples e de bom coração que já conhecemos. Ju, como era carinhosamente chamada, nos deixou somente boas memórias”, afirmou.
Sobre o sócio
Rodrigo Aiache também falou sobre a situação do advogado Keldheky Maia, um dos sócios de seu escritório, que estava com Juliana no momento da tragédia e também chegou a ser atingido pela caminhonete.
Em sua manifestação, Aiache destacou que os atos praticados na vida privada de qualquer membro do escritório não têm relação com a atuação profissional e que todos devem responder individualmente por suas condutas.
“Esclarecemos, desde já, que os atos praticados na vida privada de qualquer integrante do nosso escritório não se confundem com sua atuação profissional, e que cada um deve arcar com as responsabilidades decorrentes de suas condutas, respondendo perante as autoridades competentes, sem qualquer tipo de proteção ou condescendência”, declarou o presidente da OAB-AC.
Aiache reforçou que o advogado, como qualquer cidadão, deve responder por seus atos perante a Justiça “sem qualquer tipo de privilégio ou tratamento diferenciado, como é próprio do Estado Democrático de Direito”.
Morte após atropelamento
O atropelamento de Juliana Chaar aconteceu após uma briga do lado de fora do bar Dibuteco, no bairro Isaura Parente. Imagens de segurança mostraram o momento em que o veículo, uma caminhonete preta avança, atingindo Juliana e o próprio Keldheky Maia.
Keldheky foi preso em flagrante ainda na madrugada, por porte ilegal de arma de fogo, após ter efetuado disparos durante a confusão. Ele foi liberado após audiência de custódia no domingo, 22, mas segue sendo investigado pela Polícia Civil por possível tentativa de homicídio, conforme informou o delegado Pedro Paulo Buzolin.
O principal suspeito do atropelamento é Diego Luiz Gois Passo, que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e continua foragido. Além da prisão, a Justiça autorizou a quebra de sigilo telemático e busca e apreensão de dispositivos eletrônicos do acusado para coleta de provas.
As investigações estão a cargo do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que segue ouvindo testemunhas, analisando imagens e reunindo elementos para elucidar todas as circunstâncias do caso.