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A história por trás da chocante foto do bebê faminto de Gaza

Ahmed al-Arini, fotógrafo em Gaza, diz que capturou as fotos angustiantes para 'mostrar ao resto do mundo a fome extrema' que bebês e crianças estão enfrentando no território palestino.

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
26/07/2025 - 11:01
O bebê Muhammad e sua mãe foram deslocados de sua casa no norte de Gaza e, como muitas pessoas na Faixa de Gaza, estão sofrendo de desnutrição — Foto: Ahmed Jihad Ibrahim Al-arini/Anadolu via Getty Images

O bebê Muhammad e sua mãe foram deslocados de sua casa no norte de Gaza e, como muitas pessoas na Faixa de Gaza, estão sofrendo de desnutrição — Foto: Ahmed Jihad Ibrahim Al-arini/Anadolu via Getty Images

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“Se você olhar a foto com atenção, verá que ele está usando um saco plástico… devido à falta de ajuda humanitária.”

Sua pele fina mal consegue conter a coluna e as costelas, que quase escapam de seu pequeno corpo.

É Mohamed Zakariya Ayyoub al-Matouq, um bebê de um ano e meio que, como outras crianças, tornou-se uma das imagens mais comoventes da situação de fome que afeta os habitantes de Gaza em meio ao que é denunciado como um bloqueio imposto por Israel.

O pequeno foi fotografado ao lado da mãe pelo fotógrafo Ahmed al-Arini em 21 de julho, em uma tenda erguida na Faixa de Gaza, onde faltam até os itens mais básicos para a sobrevivência da população.

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A impressionante foto da criança, com os ossos aparentes e usando um saco plástico como fralda rodou o mundo, trazendo os olhos de todos para a grave crise humanitária no território palestino.

Hedaya al-Muta, mãe de Mohamed, deu seu testemunho comovente à BBC.

“Agora ele pesa 6 quilos, quando antes pesava 9. Comia e bebia normalmente, mas por causa da escassez de comida e da situação em que estamos, sofre de desnutrição severa”, lamenta enquanto segura o filho nos braços.
Hedaya explica que ficou viúva durante a guerra, conta que o filho sofre de “desnutrição grave”, e a falta de alimentosresultou em uma curvatura nas costas.

Ele também sofria de hipotonia, ou falta de tônus muscular, mas aprendeu a sentar e levantar “como as outras crianças”, pois Hedaya lhe dava sessões de fisioterapia.

No entanto, a falta de comida deixou Muhammad incapaz de ficar em pé ou sentado.

“Não posso cuidar dele porque estou sozinha”, diz ela. “Eu trabalho duro e me esforço para dar a ele um pacote de leite em pó. Estou tão cansada, tão cansada.”
“Não tenho meios. Mataram meu marido na guerra e não tenho ninguém que me sustente, só Deus. Não consigo alimentá-lo porque estou sozinha. Trabalho muito, mas não consigo dar nem um pouco de fórmula infantil para ele. Estou exausta”, afirma.

O diretor médico do hospital al-Shifa, em Gaza, Hassan al-Shaer, relata que o número de pessoas que sofrem de desnutrição no território palestino está aumentando rapidamente.

“Inicialmente, a situação se limitava a crianças, mas agora estamos vendo casos de desnutrição em todas as faixas etárias”, diz ele, acrescentando que o tratamento é difícil porque “faltam todos os suprimentos necessários”.

Ahmed al-Arini, fotógrafo em Gaza, diz que capturou as fotos angustiantes para “mostrar ao resto do mundo a fome extrema” que bebês e crianças estão enfrentando.

De acordo com Ahmed, a mãe e o filho estão vivendo em uma tenda “que está absolutamente vazia” e “parece um túmulo”.

Segundo ele, devido à falta de ajuda e suprimentos, “os preços dispararam”, tornando até mesmo os recursos mais básicos inacessíveis para muitas pessoas.

O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, afirma que nove pessoas morreram de desnutrição somente nas últimas 24 horas.

Um total de 122 pessoas, incluindo 83 crianças, morreram por falta de alimentos desde o início da guerra, segundo o ministério.

Um saco como fralda
O repórter Ahmed al-Arini contou ao programa Newshour, da BBC, o impacto que sentiu ao capturar a imagem de Hedaya e seu filho — que já percorreu o mundo.

“Essa foto do bebê Mohamed eu tirei quando ele estava com a mãe. Eles foram deslocados de sua casa no norte de Gaza”, diz Ahmed.

“Estavam em uma tenda absolutamente vazia, exceto por um pequeno forno. Parecia, de verdade, um sepulcro. E eu a tirei porque queria mostrar ao mundo a fome extrema que os bebês e as crianças estão sofrendo na Faixa de Gaza.”

O fotógrafo explica que o pequeno Mohamed “não recebeu leite, fórmula nem vitaminas”.

“E se você olhar a foto de perto, vai ver que ele está usando uma sacola plástica no lugar de fralda. Devido à falta de ajuda humanitária e medicamentos, os preços dispararam, foram às alturas — então ninguém em Gaza consegue pagar por isso”, afirma.

Ele conta como a cena o afetou. “Precisava fazer uma pausa depois de cada clique para recuperar o fôlego e conseguir continuar”, relata.

“Ver como os bebês estão sofrendo de fome extrema, e o quão abatidos estão, claro que me afeta — sou um ser humano”.

Por isso, diz Ahmed, quando encontrou Mohamed e Hedaya, levou um bom tempo até conseguir tirar as fotos.

Infelizmente, esse não foi o único bebê que encontrou nessas condições.

“Vi vários casos como este. Outro dia, fotografei um garoto de 17 anos que perdeu 25 quilos em apenas um mês. As pessoas não encontram comida na Faixa de Gaza — há uma fome extrema, senão uma verdadeira fome em massa — e elas disputam um pouco de ajuda, arriscando a própria vida para conseguir alguma coisa.”
A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou nesta quinta-feira que tem 6 mil caminhões com ajuda humanitária esperando para entrar em Gaza e advertiu que a fome no enclave “nunca foi tão grave”.

Israel diz que permitiu a entrada de ajuda suficiente em Gaza, ao mesmo tempo em que culpa a ONU por não distribuí-la de forma eficiente. Também afirma que os casos de desnutrição são responsabilidade do Hamas.

O governo de Benjamin Netanyahu disse que permitirá que países estrangeiros façam lançamentos aéreos de ajuda humanitária para Gaza nos próximos dias.

Médicos Sem Fronteiras (MSF), por sua vez, afirma que suas equipes estão presenciando “níveis catastróficos de desnutrição”.

Na Cidade de Gaza, uma em cada cinco crianças está desnutrida e os casos aumentam a cada dia, afirma a Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês).

Em um comunicado divulgado na quinta-feira (24/7), o Comissário-Geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, citou um colega que lhe disse: “As pessoas em Gaza não estão nem mortas nem vivas, são cadáveres ambulantes.”

Mais de 100 organizações internacionais de ajuda humanitária e grupos de direitos humanos também alertaram para a fome em massa, pressionando os governos a tomarem medidas.

Israel, que controla a entrada de todos os suprimentos em Gaza, afirma que não há cerco e culpa o Hamas por quaisquer casos de desnutrição.

A ONU, no entanto, alertou que o nível de ajuda que chega a Gaza é “irregular” e que a crise de fome no território “nunca foi tão grave”.

Por: G1

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