O Ministério Público de São Paulo (MPSP) confirmou à CNN que a professora de pilates Larissa Rodrigues, de Ribeirão Preto (SP), foi envenenada ao longo de aproximadamente 15 dias antes de receber uma dose fatal que a levou à morte, em março deste ano.
O crime teria sido articulado pelo marido da vítima, o médico Luiz Antônio Garnica, com ajuda da mãe dele, Elizabete Arrabaça. Nesta terça-feira (1), o promotor de Justiça Marcus Túlio Nicolino apresentou denúncia contra mãe e filho por homicídio triplamente qualificado.
Segundo as investigações, o homem arquitetou o crime, enquanto a mãe ficou incumbida de executá-lo, oferecendo à vítima alimentos contaminados com a substância tóxica conhecida como chumbinho.
O que sabemos sobre o caso:
O corpo de Larissa Rodrigues Garnica foi encontrado pelo marido na manhã do dia 22 de março no apartamento do casal, localizado no bairro Jardim Botânico, Zona Sul de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
A participação do médico se tornou evidente para a polícia pela forma como ele encontrou o corpo de Larissa, já em rigidez cadavérica, e por sua tentativa de limpar o apartamento após encontrá-la morta, interpretada como uma ação para ocultar provas da perícia.
Aproximadamente 15 dias antes da morte, uma testemunha relatou à polícia que a sogra de Larissa estava procurando “chumbinho” para comprar.
Outro ponto que levantou suspeitas foi o primeiro depoimento da sogra. Inicialmente, ela relatou que Larissa a teria convidado para conversar na noite anterior à morte, pois ambas haviam perdido parentes recentemente. No entanto, a investigação e outras provas colhidas pela polícia indicaram que esse encontro não ocorreu.
Além disso, no dia do acontecido, Luiz teria enviado mensagens para sua amante informando-a sobre a morte de Larissa.
Diante das evidências, a polícia solicitou e obteve a prisão preventiva de Luiz Antonio Garnica e de sua mãe, no dia 6 de maio. Durante as investigações, foram apreendidos telefones celulares, que agora serão analisados para identificar a motivação do crime.
As investigações mostraram que o médico foi quem planejou o crime, enquanto sua mãe era a responsável pela execução e ofereceu a Larissa alimentos contaminados com chumbinho. Luiz Antonio Garnica e Elizabete Arrabaça tinham como motivações as questões patrimoniais, após a vítima descobrir um caso extraconjugal do marido e solicitar a separação.
Conforme o advogado Matheus Fernando da Silva, que representa a família da professora Larissa Rodrigues, a conta bancária da vítima foi movimentada após sua morte.
Outro ponto que levantou suspeitas foi o primeiro depoimento da sogra. Inicialmente, ela relatou que Larissa a teria convidado para conversar na noite anterior à morte, pois ambas haviam perdido parentes recentemente. No entanto, a investigação e outras provas colhidas pela polícia indicaram que esse encontro não ocorreu.
Para o promotor de Justiça Marcus Túlio Nicolino, os acusados agiram de forma extremamente fria, cometeram o crime de maneira cruel, sem que Larissa pudesse se defender, além de agirem com dissimulação. Garnica ainda é acusado por alterar a cena do crime e destruir provas digitais e físicas, incluindo limpeza do local e exclusão de arquivos eletrônicos.
Por: CNN Brasil