19 de agosto de 2025
Jornal A Gazeta do Acre

GAZETA 93,3FM Ouça agora

Sem resultados
View All Result
  • Capa
  • Últimas Notícias
  • POLICIA
  • Geral
  • POLÍTICA
  • Colunas & Artigos
    • Roberta D’Albuquerque
    • O prazer é todo meu
    • Marcela Mastrangelo
    • Beth Passos
  • Social
    • Márcia Abreu
    • Giuliana Evangelista
    • Beth News
    • Jackie Pinheiro
    • Roberta Lima
    • Gazeta Estilo
  • Publicações Legais
    • Publicações Legais
    • Comunicados
    • Avisos
    • Editais
Jornal A Gazeta do Acre

GAZETA 93,3FM Ouça agora

19 de agosto de 2025
Sem resultados
View All Result
Jornal A Gazeta do Acre
Sem resultados
View All Result

Como seria ter um bebê no espaço? Especialista investiga riscos

Um bebê poderia nascer no espaço, mas é preciso proteger os embriões da radiação, evitar o nascimento prematuro e garantir saúde.

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
28/07/2025 - 16:30
photovideostock/Getty Images

photovideostock/Getty Images

Manda no zap!CompartilharTuitar

À medida que os planos para missões a Marte se aceleram, também aumentam as dúvidas sobre como o corpo humano poderá lidar com isso. Uma viagem de ida e volta ao planeta vermelho daria tempo mais do que suficiente para alguém engravidar e até mesmo dar à luz. Mas será que uma gravidez poderia ser concebida e levada em segurança no espaço? E o que aconteceria com um bebê nascido longe da Terra?

A maioria de nós raramente considera os riscos aos quais sobrevivemos antes do nascimento. Por exemplo, cerca de dois terços dos embriões humanos não vivem o suficiente para nascer, sendo que a maioria das perdas ocorre nas primeiras semanas após a fertilização, muitas vezes antes mesmo de a pessoa saber que está grávida. Essas perdas precoces e despercebidas geralmente ocorrem quando um embrião não se desenvolve adequadamente ou não se implanta com sucesso na parede do útero.

A gravidez pode ser entendida como uma cadeia de marcos biológicos. Cada um deles deve ocorrer na ordem correta e cada um tem uma certa chance de sucesso. Na Terra, essas chances podem ser estimadas por meio de pesquisas clínicas e modelos biológicos. Minha pesquisa mais recente explora como esses mesmos estágios podem ser afetados pelas condições extremas do espaço interplanetário.

Desafios de ter um bebê no espaço

A microgravidade, a quase ausência de peso experimentada durante os voos espaciais, tornaria a concepção mais incômoda fisicamente, mas provavelmente não interferiria muito na gravidez após a implantação do embrião.

Entretanto, dar à luz e cuidar de um recém-nascido seria muito mais difícil em gravidade zero. Afinal de contas, no espaço, nada fica parado. Os fluidos flutuam. As pessoas também. Isso torna o parto e os cuidados com um bebê um processo muito mais complicado e confuso do que na Terra, onde a gravidade ajuda em tudo, desde o posicionamento até a alimentação.

Ao mesmo tempo, o feto em desenvolvimento já cresce em algo parecido com a microgravidade. Ele flutua em um líquido amniótico neutro dentro do útero, amortecido e suspenso. De fato, os astronautas treinam para caminhadas espaciais em tanques de água projetados para imitar a ausência de peso. Nesse sentido, o útero já é um simulador de microgravidade.

Mas a gravidade é apenas parte do cenário.

Radiação cósmica é um problema
Fora das camadas protetoras da Terra, há uma ameaça mais perigosa: os raios cósmicos. São partículas de alta energia – núcleos atômicos “despojados” ou “nus” – que correm pelo espaço quase à velocidade da luz. São átomos que perderam todos os seus elétrons, deixando apenas o núcleo denso de prótons e nêutrons. Quando esses núcleos nus colidem com o corpo humano, eles podem causar sérios danos celulares.

Aqui na Terra, estamos protegidos da maior parte da radiação cósmica pela espessa atmosfera do planeta e, dependendo da hora do dia, por dezenas de milhares a milhões de quilômetros de cobertura do campo magnético da Terra. No espaço, essa proteção desaparece.

Quando um raio cósmico atravessa o corpo humano, ele pode atingir um átomo, remover seus elétrons e colidir com seu núcleo, eliminando prótons e nêutrons e deixando para trás um elemento ou isótopo diferente. Isso pode causar danos extremamente localizados, o que significa que células individuais, ou partes de células, são destruídas, enquanto o restante do corpo pode não ser afetado. Às vezes, o raio passa direto sem atingir nada. Mas se atingir o DNA, pode causar mutações que aumentam o risco de câncer.

Mesmo quando as células sobrevivem, a radiação pode desencadear respostas inflamatórias. Isso significa que o sistema imunológico reage de forma exagerada, liberando substâncias químicas que podem danificar tecidos saudáveis e interromper a função dos órgãos.

Nas primeiras semanas de gravidez, as células embrionárias estão se dividindo rapidamente, movendo-se e formando os primeiros tecidos e estruturas. Para que o desenvolvimento continue, o embrião deve permanecer viável durante todo esse delicado processo. O primeiro mês após a fertilização é o período mais vulnerável.

RECEBA NOTÍCIAS NO CELULAR

Um único impacto de um raio cósmico de alta energia nesse estágio poderia ser letal para o embrião. Entretanto, o embrião é muito pequeno e os raios cósmicos, embora perigosos, são relativamente raros. Portanto, um impacto direto é improvável. Se isso acontecesse, provavelmente resultaria em um aborto espontâneo despercebido.

Riscos na gravidez
À medida que a gravidez avança, os riscos mudam. Quando a circulação placentária – o sistema de fluxo sanguíneo que conecta a mãe e o feto – está totalmente formada no final do primeiro trimestre, o feto e o útero crescem rapidamente.

Esse crescimento representa um alvo maior. Agora, é mais provável que um raio cósmico atinja o músculo uterino, o que poderia desencadear contrações e causar um parto prematuro. E, embora os cuidados intensivos neonatais tenham melhorado muito, quanto mais cedo o bebê nascer, maior será o risco de complicações, principalmente no espaço.

Na Terra, a gravidez e o parto já apresentam riscos. No espaço, esses riscos são ampliados, mas não necessariamente proibitivos.

Mas o desenvolvimento não termina com o nascimento. Um bebê nascido no espaço continuaria a crescer em microgravidade, o que poderia interferir nos reflexos posturais e coordenação. Esses são os instintos que ajudam o bebê a aprender a levantar a cabeça, sentar-se, engatinhar e, por fim, andar: todos os movimentos que dependem da gravidade. Sem esse senso de “para cima” e “para baixo”, essas habilidades podem se desenvolver de maneiras muito diferentes.

E o risco da radiação não desaparece. O cérebro de um bebê continua a crescer após o nascimento, e a exposição prolongada aos raios cósmicos pode causar danos permanentes, podendo afetar a cognição, a memória, o comportamento e a saúde a longo prazo.

Então, um bebê poderia nascer no espaço?

Em teoria, sim. Mas até que possamos proteger os embriões da radiação, evitar o nascimento prematuro e garantir que os bebês possam crescer com segurança em microgravidade, a gravidez no espaço continua sendo um experimento de alto risco, que ainda não estamos prontos para tentar.

 

Por: Metrópoles

Compartilhe:

  • Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela) WhatsApp
  • Publicar
  • Clique para compartilhar no Threads(abre em nova janela) Threads
  • Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela) Telegram
  • Clique para enviar um link por e-mail para um amigo(abre em nova janela) E-mail

Siga 'A Gazeta do Acre' nas redes sociais

  • Canal do Whatsapp
  • X (ex-Twitter)
  • Instagram
  • Facebook
  • TikTok



Anterior

Pai é preso após esfaquear o filho dormindo

Próxima Notícia

Justiça derruba decisão do TCE que suspendia repasses de dinheiro público para rodeio na Expoacre

Mais Notícias

Flamengo lidera ranking de apostas divulgado por bet autorizada
8º guia gazeta

Flamengo lidera ranking de apostas divulgado por bet autorizada

19/08/2025
A força dos sotaques: quando o falar vira identidade
8º guia gazeta

A força dos sotaques: quando o falar vira identidade

19/08/2025
Virginia quebra silêncio sobre beijo após separação com Zé Felipe
8º guia gazeta

Virginia quebra silêncio sobre beijo após separação com Zé Felipe

18/08/2025
Goiás: pastor de calcinha já foi acusado de aplicar golpe em formandos
8º guia gazeta

Goiás: pastor de calcinha já foi acusado de aplicar golpe em formandos

18/08/2025
Felca é nomeado parceiro da saúde mental por associação de psiquiatria
8º guia gazeta

Felca é nomeado parceiro da saúde mental por associação de psiquiatria

18/08/2025
CNU: governo divulga detalhes da segunda edição do “Enem dos Concursos”
8º guia gazeta

Confira lista com 71 concursos abertos e 19.895 vagas em todo o país

17/08/2025
Mais notícias
Próxima Notícia
Peão de Feijó é campeão do rodeio na Expoacre Juruá 2025; veja ranking

Justiça derruba decisão do TCE que suspendia repasses de dinheiro público para rodeio na Expoacre

Quase 6 mil deixam de receber o Bolsa Família no Acre após estabilidade financeira

Quase 6 mil deixam de receber o Bolsa Família no Acre após estabilidade financeira

Jornal A Gazeta do Acre

© 2022 - Todos os direitos reservados. A Gazeta do Acre

  • Expediente
  • Fale Conosco

Sem resultados
View All Result
  • Capa
  • Últimas Notícias
  • Polícia
  • Geral
  • Política
  • Colunistas & Artigos
    • Roberta D’Albuquerque
    • O prazer é todo meu
    • Marcela Mastrangelo
    • Beth Passos
  • Social
    • Márcia Abreu
    • Giuliana Evangelista
    • Beth News
    • Jackie Pinheiro
    • Roberta Lima
    • Gazeta Estilo
  • Publicações Legais
    • Publicações Legais
    • Comunicados
    • Avisos
    • Editais
  • Receba Notícias no celular
  • Expediente
  • Fale Conosco

© 2022 - Todos os direitos reservados. A Gazeta do Acre