Com o passar dos anos, até o banho merece atenção especial. De acordo com a dermatologista Cristina Salaro, após os 60 anos, a pele se torna naturalmente mais fina, seca e frágil, devido à redução da produção de colágeno, elastina e à menor atividade das glândulas sebáceas. Por isso, a recomendação pode surpreender: “Menos é mais quando se trata de banho na terceira idade”, afirma a médica.
A orientação da especialista é tomar banho em dias alternados (a cada 2 dias), sempre que possível, principalmente no inverno ou em regiões de clima seco. “A água quente e os banhos longos e frequentes removem a proteção natural da pele, agravando o ressecamento e aumentando o risco de coceiras e dermatites”, explica.
E se não for dia de banho completo? Tudo bem. A dermatologista sugere uma higiene íntima localizada com pano úmido e sabonete adequado. E quando o banho acontecer, alguns cuidados são fundamentais:
- Temperatura da água: morna para fria, evitando sempre água quente.
- Uso do sabonete: apenas nas axilas, períneo e pés. “Evite esfregar sabonete nos braços, abdome e pernas — não há necessidade”, orienta Salaro.
- Tipo de sabonete: suaves, com pH fisiológico, e nada de versões bactericidas ou muito perfumadas.
- Hidratação pós-banho: “Com a pele ainda levemente úmida, aplique um bom hidratante corporal. Isso ajuda a manter a barreira cutânea protegida”, recomenda.

Segundo a médica, com o envelhecimento, a pele não só fica mais seca, mas também mais suscetível a pequenas lesões, infecções, descamações e coceiras. Por isso, a rotina de higiene deve ser gentil e estratégica. Usar os produtos certos e reduzir a frequência de banho são formas de proteger e cuidar da pele com carinho e eficiência.
Por: Metrópoles