Servidores públicos estaduais de diversas áreas — como Saúde, Educação, Segurança, Infraestrutura e Fazenda — realizaram um novo protesto nesta quarta-feira, 2, em Rio Branco. O ato começou em frente ao Palácio e seguiu até a Casa Civil, no Centro, reunindo trabalhadores que cobram a valorização do funcionalismo por meio de reajuste salarial e melhorias nos auxílios.
Entre as principais reivindicações está o reajuste de 20% nos salários, correspondente às perdas inflacionárias acumuladas desde 2019, início da gestão do governador Gladson Camelí (PP). Além disso, exigem auxílios alimentação e saúde de R$ 1 mil, cada.
O presidente do Sindicato dos Técnicos em Gestão Pública e dos Gestores de Políticas Públicas do Estado do Acre (Sintegesp), Gerliano Nunes, destacou que os pleitos foram construídos por cerca de 30 sindicatos e não ferem a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
“São pleitos legítimos, decididos dentro de uma frente em que o governo precisa se posicionar. Estamos representando aproximadamente 20 mil servidores que exigem um plano contínuo de valorização”, afirmou.

Os sindicatos deliberaram por uma reunião com a Secretaria de Governo (Segov), agendada para esta quinta-feira, 3, às 10h. A depender do resultado, o movimento pode ser reforçado com uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) na próxima segunda, 7, durante o debate sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
“A gente vai estar todo mundo de sobreaviso. Se não houver avanço, vamos deflagrar uma paralisação geral dos servidores do Estado. Chega de desvalorização”, disse Gerliano.
No protesto anterior, realizado no dia 25 de junho, os servidores já haviam dado um ultimato ao governo. Na ocasião, foi ressaltado que há trabalhadores com ensino superior e décadas de serviço recebendo menos de um salário mínimo, complementado por auxílios insuficientes.
Os sindicatos dizem que o governo tem condições financeiras de atender às reivindicações e alertam que, se não houver diálogo até a audiência pública, a greve geral será deflagrada ainda em julho.
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