Mais de um ano após o desaparecimento de Janaira Andressa Souza de Lima, moradora de rua em Rio Branco, o caso foi finalmente elucidado. A jovem foi sequestrada, esquartejada e teve o corpo ocultado por integrantes de uma facção criminosa, que atuava na região do Triângulo Velho. Os restos mortais da vítima foram localizados às margens de um igarapé entre os bairros Taquari e Triângulo Novo, e a identificação foi confirmada por exame de DNA realizado em abril deste ano.
A investigação, inicialmente tratada como desaparecimento, ganhou novos contornos à medida que surgiam provas do envolvimento de grupos criminosos. Após diligências conduzidas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), seis pessoas foram responsabilizadas pelo crime — quatro adultos, que foram presos no último sábado, 5, e dois adolescentes, que ainda não tiveram mandados de internação expedidos pela Justiça.
Entre os presos está uma liderança de facção criminosa, apontada como a responsável por ordenar a execução de Janaira. Os demais envolvidos também atuavam diretamente no tráfico de drogas na região, segundo a polícia.
O caso chocou pelo grau de crueldade: além de ser sequestrada e esquartejada, segundo a polícia, a vítima teve o corpo descartado na mata às margens do igarapé, dificultando sua localização. A análise genética feita pelo Instituto de Análises Forenses, a partir de material fornecido por familiares, foi fundamental para confirmar a identidade da jovem.
As investigações seguem para verificar se há outros envolvidos e garantir que todos os responsáveis respondam criminalmente pelos atos.