Julho nem acabou e já esgotamos o que a Terra podia oferecer para 2025.
Ou seja, a demanda por recursos naturais já superou a capacidade do planeta de produzir ou renovar esses recursos ao longo de 365 dias.
24 de julho marca o dia em que entramos no vermelho, em déficit ecológico.
O chamado Dia da Sobrecarga da Terra também escancara a desigualdade global.
Países mais ricos e industrializados do chamado “Norte Global” têm o Dia da Sobrecarga da Terra entre fevereiro e abril.
Eles só podem continuar a consumir à custa das gerações futuras e explorando os recursos dos países menos desenvolvidos e economicamente desfavorecidos do chamado “Sul Global”.
Uma prática que, segundo pesquisadores e ambientalistas, tem raízes históricas no colonialismo europeu.
Se a humanidade tivesse o mesmo padrão de consumo da população brasileira, o Dia da Sobrecarga da Terra seria 1º de agosto.
O Dia da Sobrecarga da Terra é uma média global que está chegando cada vez mais cedo. No primeiro ano em que o cálculo foi feito, em 1971, foi no dia 25 de dezembro. No ano 2000, em 17 de setembro. E em 2024, no dia 1º de agosto.
Poucos países têm níveis de consumo baixos o suficiente para viver dentro dos limites do planeta. A maioria vive no que pode ser chamado de “cheque especial ecológico”.
Por: G1 Meio Ambiente