O Acre registrou 161 casos prováveis de chikungunya este ano, segundo boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). Desses, 35 (21,7%) foram confirmados por critério laboratorial.
O total de registros representa uma queda de 24,4% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram notificados 213 casos prováveis da doença. A Regional do Baixo Acre foi a única a apresentar redução expressiva, de 82,1%, enquanto a Regional do Juruá concentra a maior parte das ocorrências de 2025: Cruzeiro do Sul responde sozinho por 113 notificações, equivalentes a 70,1% do total estadual.
No Alto Acre, apenas Assis Brasil e Epitaciolândia tiveram registros. Entre os 11 municípios do Baixo Acre, Bujari não apresentou casos prováveis em 2024, e Acrelândia, Plácido de Castro e Santa Rosa do Purus não tiveram ocorrências em 2025.
A análise do perfil dos infectados mostra predominância do sexo feminino (52,2%) e maior incidência entre adultos de 35 a 49 anos (24,2%), faixa etária considerada produtiva.
Diferenças entre chikungunya e dengue
Os sintomas da chikungunya e da dengue podem ser semelhantes, mas existem sinais que ajudam a diferenciar as duas doenças. A Sesacre reforça que, ao apresentar febre alta, dores no corpo, manchas vermelhas ou dores articulares, é fundamental procurar uma unidade de saúde para diagnóstico adequado.
- Febre alta: comum em ambas, mas na chikungunya surge de forma súbita;
- Dor nas articulações: intensa e persistente na chikungunya, podendo durar meses; na dengue, as dores são predominantemente musculares;
- Manchas vermelhas: aparecem em ambas, mas na dengue podem vir acompanhadas de sangramentos;
- Complicações: a dengue pode evoluir para formas hemorrágicas; a chikungunya, apesar de raramente evoluir para casos graves, pode gerar sequelas crônicas e, em casos de uso inadequado de anti-inflamatórios na fase aguda, até levar ao óbito.