Apesar de não registrar nenhum caso de sarampo desde 2000, o Acre segue com sete investigações da doença nesta quarta-feira, 30, segundo boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). Até o momento, foram notificados 30 casos, com 23 sendo descartados.
Brasiléia concentra o maior número de casos em investigação, com três pacientes aguardando resultado. Rio Branco aparece com dois casos em análise, enquanto Cruzeiro do Sul e Porto Acre têm um caso cada ainda sob investigação. Outros municípios — como Acrelândia, Assis Brasil, Epitaciolândia, Feijó e Sena Madureira — já tiveram suas notificações descartadas.
Também foi notificado um caso relacionado a um paciente residente em Cobija, na Bolívia, mas ele foi descartado após exames. A cidade boliviana faz fronteira com o Acre e é uma das regiões afetadas por um surto de sarampo. Segundo dados das autoridades de saúde bolivianas, 148 casos foram confirmados no país até o momento, com 1.302 ainda em investigação e 1.154 descartados, a maioria no Departamento de Santa Cruz de La Sierra.
Diante do risco de reintrodução do vírus no estado, a Sesacre intensificou o monitoramento, sobretudo nas regiões de fronteira. Uma das principais estratégias adotadas tem sido a ampliação da cobertura vacinal contra o sarampo.
Entre os dias 24 de junho e 30 de julho, foram distribuídas 67.890 doses de vacinas — sendo 58.890 da tríplice viral (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola) e 9.000 da dupla viral (sarampo e rubéola). No mesmo período, foram aplicadas 20.920 doses da tríplice viral e 886 da dupla viral em todos os municípios do estado.
Mesmo com a ausência de casos confirmados há mais de duas décadas, o Acre segue em estado de alerta e reforça o apelo para que a população mantenha o cartão de vacinação atualizado. A imunização é a principal forma de proteção contra o sarampo, uma doença altamente contagiosa que pode evoluir para complicações graves e até levar à morte.