Rafhael Gomes da Silva será julgado nesta quarta-feira, 16, pela morte do comerciante Vicente Lima de Aguiar, de 60 anos, ocorrida em 10 de julho de 2024, no bairro Taquari, em Rio Branco. O réu enfrenta acusações de homicídio qualificado por motivo torpe e emboscada, além de participação em organização criminosa. O júri popular ocorre na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar da capital acreana.
Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Acre (MP-AC), o assassinato foi motivado por uma disputa entre facções criminosas que atuam na região. A investigação apontou que o acusado acreditava que a vítima fazia parte de um grupo rival.
Vicente foi morto a tiros dentro da própria lanchonete, localizada na Rua Baguari. Imagens de câmeras de segurança mostram Rafhael chegando ao local em uma bicicleta azul pela manhã. Ele retornou minutos depois, chamou pela vítima e, ao ser atendido, efetuou os disparos. O comerciante foi atingido por quatro tiros e morreu antes da chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
A esposa da vítima estava no andar superior da residência no momento dos disparos. Ao descer, viu o acusado dentro da lanchonete e relatou ter sido ameaçada de morte caso continuasse a se aproximar.
Rafhael foi preso no dia seguinte ao crime, escondido em uma casa que abrigava membros de uma organização criminosa, localizada a menos de um quilômetro do local do homicídio. No imóvel, a polícia encontrou a bicicleta, as roupas usadas durante o assassinato e uma arma de fogo com 33 munições, entre intactas e deflagradas.
O Ministério Público formalizou a denúncia em agosto do ano passado, sustentando que o crime foi premeditado e praticado com dissimulação, dentro do contexto de disputas territoriais ligadas ao tráfico de drogas. O réu segue preso no Complexo Penitenciário de Rio Branco desde então.