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Caso Aurora: Lesões chegaram aos ossos e recém-nascida precisou passar por enxerto em MG

Caso Aurora: Lesões chegaram aos ossos e recém-nascida precisou passar por enxerto em MG

Foto: reprodução/redes sociais

O quadro de saúde da recém-nascida Aurora Maria, que sofreu lesões semelhantes a queimaduras durante um banho no Hospital da Mulher e da Criança Irmã Maria Inete, em Cruzeiro do Sul, no último dia 22 de junho, acaba de ganhar um novo desdobramento. Segundo informações divulgadas pelo pai de Aurora, Marcos Oliveira, infelizmente, algumas lesões atingiram ossos dos dedos do pé da bebê.

Aurora chegou a ser levada para Rio Branco, onde ficou internada na UTI neonatal do Hospital da Criança. No último dia 25, ela foi transferida para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte (MG). A unidade é referência nacional no tratamento de queimados e abriga o maior Centro de Tratamento de Queimaduras (CTQ) do Brasil.

Ainda segundo o pai, a família não acreditava que a lesão havia chegado aos ossos. “No entanto, após a retirada da parte necrosada, o médico constatou que, em alguns dedinhos, infelizmente, a lesão chegou até o osso”, explicou Marcos, em postagem nas redes sociais.

Na manhã desta quarta-feira, 9, Aurora foi levada para o bloco cirúrgico para a retirada das áreas com necrose. Ela precisou ser entubada para não sentir dor durante o procedimento. A princípio, o enxerto de pele não seria realizado hoje. “Mas, diante do risco de perda dos dedinhos, o médico optou por agir imediatamente. Ele retirou parte da pele da panturrilha — região onde já havia uma lesão — e realizou o enxerto nos dedinhos”.

A família pede orações para que o enxerto funcione. “E que o corpo da nossa guerreirinha aceite e ela se recupere bem”, finalizou.

Queimaduras de 2º e 3º grau

Nessa terça-feira, 8, a secretária adjunta da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), Ana Cristina Moraes, afirmou que, embora o laudo oficial ainda não tenha sido divulgado, o quadro clínico da bebê aponta para queimaduras de segundo e terceiro graus. A equipe médica que acompanha o caso segue realizando curativos e procedimentos especializados para preservar a integridade da recém-nascida.

A técnica de enfermagem envolvida no caso foi afastada preventivamente e um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) está em andamento para apurar responsabilidades.

O caso segue sob investigação também da Polícia Civil, que também ouviu a profissional, testemunhas, família e fez perícia no local.

 

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