O Acre vive mais um surto de dengue. Segundo boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), com dados referentes até o dia 5 de julho, o número de casos prováveis cresceu 139,9% em comparação ao mesmo período de 2024.
Já são 9.228 notificações neste ano, das quais 5.789 foram confirmadas. Três mortes em decorrência da doença também foram registradas: uma em Rio Branco, uma em Cruzeiro do Sul e outra em Tarauacá.
A Regional do Juruá lidera o aumento com alta de 301,1% nos casos prováveis. Cruzeiro do Sul, o município mais afetado, concentra 3.536 notificações. A capital vem sem segundo lugar, com 3.394.
A maior parte dos diagnósticos (65,1%) foi feita por critério laboratorial, com destaque para municípios com mais estrutura como Rio Branco e Cruzeiro do Sul. Em cidades menores, como Assis Brasil e Epitaciolândia, o diagnóstico ainda depende principalmente da avaliação clínica. Atualmente, circulam no estado os sorotipos DENV-1 e DENV-2, mas há alerta para possível entrada do DENV-3, já identificado em Rondônia.
A Secretaria de Saúde reforça as orientações básicas para conter a disseminação da dengue: eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti, utilizar repelentes e manter a vacinação em dia — especialmente no público-alvo, formado por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Diante de sintomas como febre alta, dores no corpo e manchas vermelhas, a recomendação é buscar atendimento médico o quanto antes.