A campanha de vacinação contra a influenza no Acre ainda enfrenta grandes desafios. Segundo o boletim epidemiológico de síndromes respiratórias nº 20/2025, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), nenhum município do estado alcançou 60% de cobertura vacinal nos primeiros seis meses do ano.
O melhor desempenho foi registrado em Porto Walter, com 59,52% da população vacinada. Logo em seguida vêm Jordão (54,80%) e Manoel Urbano (50,99%). Na capital, Rio Branco, a cobertura ficou em 48,85%, próxima da média estadual, mas ainda abaixo do ideal preconizado pelas autoridades de saúde.
Bujari (26,96%) e Epitaciolândia (27,77%) apresentaram os piores índices, com menos de um terço do público-alvo vacinado. A baixa adesão preocupa, especialmente entre crianças de 0 a 9 anos e idosos com mais de 60 anos, grupos que lideram os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
De janeiro a junho de 2025, o Acre registrou 1.359 casos de SRAG, com predominância dos vírus Influenza A e B, SARS-CoV-2 e Vírus Sincicial Respiratório (VSR).
A Secretaria de Saúde atribui os baixos índices a desinformação, dificuldade de acesso em áreas remotas e à baixa percepção de risco por parte da população. Para reverter esse quadro, o governo tem ampliado a atuação com postos volantes, campanhas com líderes comunitários e monitoramento em tempo real das coberturas vacinais por município.
Apesar dos números, o boletim aponta uma redução no número de óbitos por SRAG em 2025 em comparação com o ano anterior, principalmente entre os idosos.