A Justiça do Acre negou o pedido de liberdade para Diego Luiz Góis Passos e converteu sua prisão temporária em prisão preventiva. Ele é suspeito de atropelar e matar Juliana Chaar Marçal, de 36 anos, na madrugada de 21 de junho, após uma confusão generalizada na saída de uma casa noturna em Rio Branco.
Durante audiência de custódia realizada nesta quarta-feira, 16, o juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar homologou a prisão realizada na terça-feira, 15.
A juíza de direito substituta Hellen Rosa entendeu que a detenção seguiu os trâmites legais e não apresentou indícios de maus-tratos ou irregularidades. Com base na gravidade do caso e na necessidade de garantir a aplicação da lei penal, a magistrada decidiu manter Diego preso preventivamente, negando o pedido da defesa para que ele respondesse ao processo em liberdade.
A decisão ocorreu um dia após Diego se entregar ao Grupo Especial de Operações em Fronteira (Gefron), em Senador Guiomard. A entrega foi resultado de uma negociação entre a defesa e as forças de segurança, após intensa operação de busca nas regiões de mata do município de Bujari, onde o suspeito se escondeu com apoio de familiares por mais de três semanas. Segundo a polícia, Diego contou com abrigo, alimentação e possivelmente transporte durante sua fuga.
Na sexta-feira anterior à sua rendição, a polícia quase o capturou durante uma operação na Reserva Extrativista do Antimary. Dois parentes do suspeito foram presos por porte ilegal de armas, e parte do armamento supostamente usado para proteger Diego foi apreendido.
A caminhonete Toyota Hilux utilizada no atropelamento foi localizada horas após a prisão, escondida em um terreno de propriedade da família do acusado, no ramal do Brindeiro. Durante a vistoria no veículo, uma pistola 9mm foi encontrada escondida no compartimento do para-choque dianteiro. A perícia foi acionada e o veículo permanece apreendido para investigação.
O caso segue sob investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A versão apresentada pela defesa de Diego alega que ele tentou fugir do local após ouvir disparos de arma de fogo feitos por Keldheky Maia, amigo da vítima.
Agora com a prisão preventiva decretada, Diego continuará encarcerado enquanto as investigações avançam.