O Acre registrou, de janeiro a junho deste ano, 250 novos casos de hepatites virais (A, B, C e D), uma redução de 15,25% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram confirmadas 295 novas ocorrências.
Em relação ao segundo semestre de 2024, a diminuição foi mais tímida, de menos de 2%. O total de casos registrados ao longo de todo aquele ano chega a 550.
Os dados são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e foram repassados à reportagem pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre).
Na comparação entre janeiro e junho de 2024 e 2025, a maior queda foi nos casos de hepatite A (62,5%), de oito para três ocorrências.
Segundo a Sesacre, essa redução pode indicar melhoras no saneamento básico, na higiene alimentar da população ou no alcance da vacinação infantil, além da oferta de imunização anti-hepatite aos usuários de Profilaxia Pré-Exposição ao HIV, a PrEP.
Os casos de hepatite B também tiveram redução expressiva (22%), com menos 40 registros entre os dois períodos. “Como a hepatite B é prevenível por vacina, isso pode refletir avanço na cobertura vacinal ou ações de prevenção em grupos de risco”, informou o órgão.
Já os novos casos de hepatite C e D se mantiveram constantes, com 99 e 6, respectivamente, “sugerindo controle epidemiológico estável, embora ainda com presença importante”, explicou o governo.
Cuidados
A Sesacre afirma que a melhor arma de controle e combate às hepatite virais é a prevenção. “Usar preservativos nas relações sexuais, além de atualizar a caderneta de vacinação, é o método mais seguro e eficaz contras as hepatites virais”.
Além disso, o órgão recomenda que se façam testes para detectar possível infecção viral no fígado. Populações mais velhas, usuários de drogas e pessoas com histórico de transfusões devem se testar para hepatite C.
Vacina contra a hepatite B também é uma das formas de controlar essa doença, em específico.