Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sistematizados pelo governo do Acre, mostram que 4,8% da população de Porto Velho, capital de Rondônia, é formada por acreanos.
A explicação, segundo o governo, está na proximidade geográfica entre os dois estados da região Norte.
Outro dado indica que Rio Branco tem mais de 10% de seus habitantes oriundos de outras regiões do país. Ou seja, cerca de 36 mil pessoas que vivem na capital acreana são de fora do estado.
“Ainda que alguns acreanos se desloquem para outros locais, há também um movimento inverso: pessoas de outras localidades vêm ao Acre em busca de oportunidades de trabalho, estudo e qualidade de vida”.
O IBGE informa ainda que mais de 90% das pessoas nascidas no Acre permanecem no estado ao longo da vida.
O chefe da divisão de Apoio a Migrantes e Refugiados da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), Lucas Guimarães, reforça que as migrações fazem parte da dinâmica natural e são impulsionadas por várias razões, com muitos acreanos migrando em busca de melhores oportunidades educacionais, aposentadoria, tratamentos médicos ou outras questões pessoais.
“Se muito se fala dos que partem, pouco se destaca o outro lado da moeda: o Acre como um novo lar para migrantes. Estudantes vêm para as universidades, profissionais são atraídos por oportunidades de trabalho ou aprovação em concursos públicos”, destaca o gestor.
“O estado também é ponto de chegada para um fluxo migratório internacional significativo em suas fronteiras. Muitos desses recém-chegados, embora inicialmente de passagem, acabam criando raízes e contribuindo para a diversidade cultural e econômica do estado”, finalizou.