A população rio-branquense respira um ar cada vez mais perigoso. Nesta segunda-feira, 28, a capital acreana registrou a segunda pior qualidade do ar do Brasil, com níveis de poluição atmosférica quase duas vezes superiores ao limite considerado seguro pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com concentração de 8,3 µg/m³ de PM2,5, segundo informações da plataforma IQAir, coletadas às 10h45.
Este é mais um reflexo do avanço das queimadas, que já somam 159 focos em julho, um salto de mais de sete vezes em relação a junho, quando foram registrados 21 focos.
Apesar de os números ainda não alcançarem os picos de 2024, que teve 603 focos de incêndio no mesmo período, a aceleração das queimadas em julho de 2025 já preocupa. O principal vilão é o PM2,5, material particulado fino que pode penetrar profundamente nos pulmões e na corrente sanguínea.
De acordo com a IQAir, Rio Branco chegou a 8,3 µg/m³, 1,7 vez acima do limite anual definido pela OMS (5 µg/m³). No entanto, nas primeiras horas da manhã, o quadro foi ainda mais alarmante: a cidade atingiu 18,3 µg/m³, um nível considerado perigoso para grupos vulneráveis.
Riscos à saúde e recomendações
Com a qualidade do ar em deterioração, médicos e autoridades em saúde pública alertam para aumento no risco de crises respiratórias, especialmente em crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças pré-existentes.
Recomendações incluem:
- Evitar atividades físicas ao ar livre, especialmente nas manhãs e fins de tarde;
- Utilizar máscaras PFF2/N95 em ambientes externos;
- Manter ambientes fechados e, se possível, usar purificadores de ar.