A estiagem severa que atinge o Acre tem impactado diretamente a rotina escolar de comunidades ribeirinhas e aldeias indígenas. Com os rios registrando níveis extremamente baixos, o transporte fluvial, único meio de acesso para muitos estudantes, tornou-se inviável, levando à suspensão temporária das aulas em diversas localidades.
Diante da situação, a Secretaria de Educação e Cultura (SEE) iniciou a reorganização do calendário letivo para garantir que os alunos não sejam prejudicados e possam cumprir o ano escolar.
“Estamos acompanhando com atenção cada situação. Nessas regiões, os rios são a única via de acesso às escolas. Quando o rio seca, não há alternativa de transporte. É nosso dever assegurar o direito à educação dessas crianças, reorganizando o calendário de acordo com a realidade local”, destacou o secretário de Educação e Cultura, Aberson Carvalho.

Entre as localidades afetadas estão comunidades como Vila Alves, onde funciona a Escola Pingo de Ouro, no alto Rio Envira, e o Seringal Porto Rubim, onde fica a Escola Raimundo Prado. Em ambas, a navegação está comprometida. A situação também se repete em aldeias como Califórnia, onde está localizada a Escola Alto Bonito I.
Segundo Marinês Dantas, coordenadora do Núcleo da SEE em Feijó, a reorganização do calendário é fundamental para evitar a evasão escolar. “Estamos trabalhando junto às lideranças e equipes locais para que os estudantes mantenham o vínculo e não desistam dos estudos por conta da paralisação das aulas”, disse.
Com planejamento regionalizado e articulação com as escolas e comunidades, o governo do Acre busca minimizar os impactos da seca extrema e assegurar o cumprimento do calendário escolar em todos os territórios.
Rio Envira, que possibilita a chegada à Escola Pingo de Ouro, no alto Rio Envira. Foto: cedida
Por: Agência de Notícias do Acre