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Tartaruga e jacaré gigantes: Museu da Ufac guarda fósseis raros da pré-história amazônica

Crânio do maior jacaré que já existiu e carapaça de tartaruga gigante encontrada em Assis Brasil estão entre os destaques do acervo paleontológico no Acre.

Ranelly Yasmim por Ranelly Yasmim
12/07/2025 - 14:00
Purussaurus exposto no Museu Paleontológico da Ufac - Foto: Kauã Lucas

Purussaurus exposto no Museu Paleontológico da Ufac - Foto: Kauã Lucas

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De vez em quando, nós, acreanos, escutamos a seguinte piada: “Aí no Acre tem dinossauro?”. Tem gente que ri e entra na brincadeira, e tem quem não gosta muito. Mas, na verdade, aqui no Acre, entre cerca de 12 e 5 milhões de anos atrás, durante o Mioceno Superior — uma subdivisão do Mioceno, caracterizada por ser um período de significativas mudanças climáticas e evolução de várias espécies, inclusive de mamíferos modernos —, a região era cheia de uma espécie um tanto quanto parecida com os dinossauros: o Purussaurus brasiliensis.

Para conhecer um pouco mais sobre a história desse gigante da América do Sul, A GAZETA foi até o Museu de Paleontologia da Universidade Federal do Acre (Ufac). O local conta com um enorme acervo, e, em exibição permanente, estão espécies de jacarés, tartarugas, elefantes, preguiças gigantes e o crânio do Purussaurus brasiliensis, a maior espécie de jacaré da Terra. O museu está aberto para visitação do público das 9h às 17h e fica localizado dentro do campus da Ufac, em Rio Branco, anexo ao Laboratório de Pesquisas Paleontológicas.

(Matéria continua após o vídeo)

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Purussaurus brasiliensis 

A espécie viveu aqui na Amazônia há oito milhões de anos e podia chegar a até 13 metros, pesando mais de oito toneladas. O gigante dividia o habitat com espécies de peixes, tartarugas-gigantes, aves e outros mamíferos.

“Agora, se você me perguntar qual o fóssil mais importante, qual aquele mais chamativo, aí eu poderia dizer que é o Purussaurus, que é o maior jacaré que já viveu na face da Terra. Nós temos o original, que foi retirado das margens do Rio Acre, em Assis, Brasil. E nós fizemos uma reconstituição do animal, como seria o tamanho dele completo, com aproximadamente 12 metros de comprimento”, explica o professor e pesquisador Edson Guilherme.  

O primeiro fóssil do animal foi encontrado no ano de 1892, às margens do Rio Purus, no Acre. O nome “Purussaurus” é a junção da palavra Purus, referenciando o lugar onde os primeiros fósseis foram encontrados e Saurus, que significa réptil em grego. 

“Você imagine viver em uma região com 50, 100 Purussauros. Não seria uma situação agradável você ir tomar banho em um rio com Purussauros lá. Só que quando os Purussauros viveram aqui, o ser humano ainda não habitava o planeta. Os ancestrais humanos estavam ainda se desenvolvendo na África, nessa época, há 10 milhões de anos. Então, não havia ser humano aqui na América do Sul. Então, se você pegar um Purussauros hoje e colocá-lo no rio Acre, se ele mexer com a cauda, ele ia atolar.  Aí você pode atravessar o rio em cima dele.  Então, mostrando que esse tipo de rio não abriga esse tipo de animal”, conta o professor.

Tartaruga e jacaré gigantes: Museu da Ufac guarda fósseis raros da pré-história amazônica
Reconstrução do crânio de um Purussaurus encontrado no Acre – Foto: Kauã Lucas

O que é a fossilização?  

O professor explica que a fossilização é um fenômeno extremamente raro, que depende de condições especificas para ocorrer. Após a morte do animal, é necessário que haja o soterramento rapidamente, e que o ambiente seja desprovido de umidade. Em um ambiente úmido, as partes orgânicas são rapidamente decompostas, devido a abundância de água, oxigênio e de micro-organismos decompositores.

“No processo de fossilização, ocorre a substituição da parte orgânica pelos minerais presentes no solo, e com o passar do tempo, os ossos viram rochas, e não ocorre mais o processo de decomposição”, explica o pesquisador.  

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O especialista informou ainda que no período em que vivemos atualmente, as condições de umidade e abundância de oxigênio podem impedir o processo de fossilização. “Sem um soterramento, não há condições de fossilizar”, finaliza. 

Tartaruga e jacaré gigantes: Museu da Ufac guarda fósseis raros da pré-história amazônica
Fóssil de um elefante que viveu na América do Sul – Foto: Kauã Lucas

Por que o Acre é tão rico em achados paleontológicos? 

Durante o Mioceno Superior, a região do oeste amazônico era coberta por água; esse ambiente conectava toda a região. Após uma grande seca, animais e plantas foram rapidamente soterrados em um ambiente que favoreceu a fossilização de diversos espécimes.

“Toda essa região do oeste da Amazônia e todo o estado do Acre, praticamente, estavam cobertos por água. Então, a gente tinha um grande sistema fluviolacustre, composto por rios e lagos, que se conectava, inclusive, em um determinado momento, entre 23 e 10 milhões de anos, com o mar do Caribe, pela Venezuela e pela Colômbia. Depois, no Mioceno Superior, entre 10 e 7 milhões, essa conexão se fecha, e esse lago forma a rede de drenagem que nós conhecemos hoje, que é a bacia do rio Amazonas. Então, quando esse lago seca, esses animais e as plantas são soterrados rapidamente ali. Você tem um ambiente muito seco, e isso propiciou a fossilização. Hoje, nós estamos encontrando esses animais que foram fossilizados nessa época”, explica.

Tartaruga e jacaré gigantes: Museu da Ufac guarda fósseis raros da pré-história amazônica
Carapaça de uma tartaruga gigante – Foto: Kauã Lucas

Achado mais recente  

Há cerca de 15 dias, o grupo de pesquisadores do Acre e de São Paulo em expedição no interior do Acre, no munícipio de Assis Brasil, encontrou o fóssil, mais especificamente, a carapaça de uma tartaruga gigante que viveu nessa região há 13 milhões de anos. Até então, esse achado só havia acontecido na Colômbia e na Venezuela, sendo o fóssil acreano o terceiro achado no mundo.  

“Ela já era conhecida por nós por outros elementos menores, mas agora a gente encontrou a metade da carapaça. A carapaça dessa tartaruga inteira só existia na Venezuela e na Colômbia. É pela primeira vez que a gente tem a oportunidade de ver esse animal, pelo menos uma parte dele, aqui no Brasil e no Estado do Acre, o que é uma grande satisfação para a gente. Essa pesquisa foi feita em conjunto com a Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto e da Unicamp, através de um projeto financiado pelo CNPq”, fala o professor.  

Tartaruga e jacaré gigantes: Museu da Ufac guarda fósseis raros da pré-história amazônica
Esqueleto de um jacaré – Foto: Kauã Lucas

 

 

 

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