Quase 20 dias após o brutal assassinato de Auriscléia Lima do Nascimento, de 25 anos, ocorrido na zona rural de Capixaba, a Polícia Civil finalizou o inquérito que apura o crime. O documento, assinado pelo delegado Aldízio Neto, foi encaminhado ao Poder Judiciário nesta segunda-feira, 30.
Natalino do Nascimento Santiago, de 50 anos, ex-companheiro da vítima que se apresentava como pastor e que confessou o crime foi indiciado por feminicídio e por duas tentativas de homicídio — contra o filho de 4 anos e o ex-cunhado feridos durante o ataque.
A jovem foi morta a golpes de terçado no último dia 11 de junho, no Assentamento Campo Alegre, após negar que o ex-companheiro ficasse com a guarda do filho do casal, uma criança autista de 4 anos. O menino chegou a ser ferido no rosto ao tentar defender a mãe.
O falso pastor foi capturado quatro dias depois do crime, escondido em uma área de mata. No interrogatório, confessou o feminicídio, alegando que agiu por ciúmes e disputa da guarda do filho.
Outros crimes
Além do atual inquérito, Natalino tem um longo histórico de violência. Ele já tinha sido condenado pela morte de Silene de Oliveira, ocorrida em setembro de 2000, na zona rural de Senador Guiomard. Segundo familiares da vítima, além de matá-la a facadas na frente dos filhos pequenos, o agressor teria cometido abuso sexual contra o cadáver.
Em 2011, ele teria cometido outro homicídio, desta vez, no bairro Palheiral, em Rio Branco. Apesar das penas somadas superiores a 35 anos, obteve progressão de regime, descumpriu as regras e se tornou foragido.
Durante o tempo em que esteve foragido, Natalino passou a viver em Capixaba, onde se apresentava como líder religioso. Foi nessa condição que se aproximou de Auriscléia, com quem teve um relacionamento.