Não se trata apenas de picuinha politica ou queda de braço a situação da tarifação. Até porque o governo brasileiro não representa nenhum perigo aos Estados Unidos.
Qualquer pesquisa histórica mostrará que estamos diante de uma política de Estado do império americano que marca a história daquela nação. Tirar o que necessitam dos países da América Latina e do mundo de qualquer maneira – Embargos econômicos, golpes de Estado, assassinatos, invasão militar, etc.
O Brasil no momento sofre mais um pesado ataque econômico dos EUA – não porque Donald Trump está preocupado com a democracia no Brasil,
rumos doe uma prisão ou concentração de poder de uma instituição, mas por questões econômicas bem mais importantes.
O Brasil possui a segunda maior reserva das tais “terras raras” (só atrás da China) essenciais para a produção de muitos produtos de alta tecnologia. Este é o interesse do Estado americano no Brasil, bem como o de tirar o Brasil dos Brics. A ascensão de um governante de extrema direita em 2026 facilitaria muito ambos os casos.
E o que temos para o enfrentamento? NADA! Aliás, temos – só o povo informado, consciente e tentando se organizar globalmente.
Como disse o escritor uruguaio Eduardo Galeano – As veias abertas da América Latina:
“A dependência não é um acaso, nem uma fatalidade: é uma imposição histórica. Os Estados Unidos não têm amigos, têm interesses”.
Chile – o golpe contra Allende (1973)
“Os tanques entraram em Santiago com a bênção da Casa Branca.
O crime de Salvador Allende foi tentar que o Chile não fosse uma empresa de propriedade estrangeira. Ele ousou nacionalizar o cobre, e isso os Estados Unidos jamais perdoaram. O presidente caiu, mas o cobre ficou.”
Brasil – o golpe de 1964
“O embaixador norte-americano dormia com um telefone vermelho conectado ao generalato brasileiro.
Quando Goulart começou a falar em reforma agrária e soberania nacional, já estava assinando sua sentença. O Brasil virou um laboratório do medo, para mostrar aos vizinhos o que acontece quando se sonha com independência.”
Nicarágua – o sandinismo e a guerra suja
“A Nicarágua pagou o preço por ter alfabetizado seu povo.
Os EUA financiaram e armaram os ‘contras’, grupos terroristas, para destruir um governo que ousava priorizar a dignidade antes da dívida. Quando os pobres começaram a ler, Washington viu isso como um ato de guerra.”
Cuba – o bloqueio como punição pela ousadia
“Cuba cometeu o crime imperdoável de existir.
Por não se ajoelhar, por tentar ser soberana, por colocar seus médicos acima dos seus bancos, os EUA a isolaram por mais de meio século. O bloqueio não é contra o comunismo: é contra o mau exemplo.
América Latina em geral – saque e submissão
“O imperialismo não nos invade apenas com armas, mas com ideias.
Fazem-nos acreditar que o progresso é importar e obedecer. Colonizam nosso desejo, nossos livros, nossa autoestima. E se ousarmos resistir, aí sim vêm a guerra física.