Com a repercussão das acusações do criador de conteúdo digital Felipe Bressanim Pereira, conhecido na internet como Felca, os perfis do influenciador Hytalo Santos e da influenciadora Kamylinha no Instagram foram desativados na sexta-feira (8/8).
Felca publicou, na quinta-feira (7/8), um vídeo de denúncias contra produções que, segundo ele, sexualizam crianças e adolescentes. O vídeo Adultização já acumula mais de 5 milhões de visualizações no YouTube e tem Hytalo Santos como o principal alvo de denúncias. Com mais de 13 milhões de seguidores nas redes sociais, Felca evidencia no vídeo imagens compartilhadas por Hytalo, cujo conteúdo mostra jovens em ambientes com bebidas alcoólicas, cenas íntimas e danças sensuais. Conforme o influenciador, a exposição visa o engajamento nas plataformas digitais.
Felca destaca que, entre o público que consome o material de Hytalo, existem homens adultos — que comentam sem receios sobre a imagem sexualizada proposta. “Esse comportamento é incentivado e exposto. Ambiente cheio de álcool, ela rebolando no colo de outro menor de idade. Uma menor de idade sexualizada”, diz o influencier no vídeo de denúncia.
Para provar que conteúdos de exposição infantil são comumente difundidos na internet, Felca cria um perfil do zero e condiciona o algoritmo a entregar materiais supostamente pedófilos — que até disponibilizam um link de acesso para vídeos similares. “São criminosos, são pedófilos assistindo esses vídeos”, argumenta, enquanto mostra a facilidade em encontrar as imagens, borradas no vídeo. “Não tem necessidade de fazer essa exposição de crianças. Não exponha suas crianças (…), são crianças de forma inocente, mas o predador vai ver por uma ótica distorcida.”
Além das acusações, Felca convida a psicóloga Ana Beatriz Chamat, especialista em infância, adolescência e parentalidade, para participar do vídeo. A psicóloga defende que a exposição no meio midiático vulnerabiliza essas figuras públicas precoces. “Essas crianças não desenvolveram habilidades para discernir se isso é adequado para elas ou não”, argumenta Chamat. “Tem claramente a utilização da sexualidade para uma repercussão. Isso é um risco”, comenta sobre o caso de Kamylinha.
Por: Correio Braziliense