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Entenda as denúncias que pesam contra Hytalo Santos

Entenda as denúncias que pesam contra Hytalo Santos

(crédito: Reprodução/Instagram)

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) apura se o influenciador Hytalo Santos oferecia benefícios materiais, como celulares, pagamento de aluguel e mensalidades escolares, a familiares de adolescentes que participavam de seus vídeos nas redes sociais. Segundo reportagem do g1a investigação busca esclarecer se essas vantagens tinham relação com a emancipação dos menores, permitindo sua aparição nos conteúdos produzidos pelo influenciador.

O promotor João Arlindo Côrrea, responsável pelo caso em João Pessoa, afirmou que há relatos de presentes como iPhones e aluguel de imóveis para parentes dos jovens. Ele explicou, porém, que é “difícil” estabelecer um vínculo direto entre esses benefícios e o processo de emancipação, já que, nos casos ouvidos, os adolescentes já possuíam o documento e a autorização dos responsáveis.

Ao todo, cerca de 17 adolescentes emancipados participaram dos vídeos de Hytalo. As apurações começaram no fim de 2024, após denúncias anônimas, e devem resultar em relatório final na próxima semana. Além do influenciador, os pais dos jovens também são investigados por possível omissão na proteção dos filhos, o que pode configurar responsabilidade legal caso as denúncias sejam confirmadas.

Paralelamente, o MPPB, o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Civil solicitaram à Loteria do Estado da Paraíba (Lotep) a suspensão da empresa de rifas e sorteios administrada por Hytalo, sob alegação de uso irregular de imagens de adolescentes em conteúdos com conotação sexual para fins lucrativos. O pedido estabelece prazo de 48 horas para a medida, sob risco de ações judiciais e criminais.

A exposição dos menores ganhou repercussão nacional após o youtuber Felca publicar um vídeo acusando o influenciador de explorar adolescentes, citando o caso de Kamyla Santos, de 17 anos, que, segundo ele, participa dos conteúdos desde os 12 anos. Felca afirmou que Hytalo percebeu “que quanto mais era mostrado da Kamylinha, em todos os sentidos, mais retornava em números” e criticou a sexualização de jovens para atrair audiência.

O influenciador, natural de Cajazeiras (PB), acumulava mais de 17 milhões de seguidores no Instagram antes da exclusão de sua conta e também mantém grande alcance no YouTube e TikTok. Até o momento, ele e sua defesa não se pronunciaram sobre as acusações.

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