O influenciador Whindersson Nunes revelou ter recebido o diagnóstico de “altas habilidades” depois de realizar testes no período em que ficou internado em uma clínica para tratar dependência de álcool.
O humorista contou sobre o diagnóstico durante uma entrevista ao Fantástico deste domingo (3). “Entendi por que que eu me sentia de tal forma em tal ano”, diz Whindersson. O Quociente de Inteligência do influenciador é de 138. “A média é 96, 101, essa é a média geral. O dele é bem mais alto”, conta a neuropsicóloga Carolina Mattos.
Segundo Whindersson, saber que ele é uma pessoa com “altas habilidades” o ajudou a encarar com novos olhos momentos de sua vida que pareciam estranhos. “(Na infância), eu já me sentia, assim, meio diferente, estava mais sozinho, preferia (isso) do que andar no recreio com a turma, os papos meio estranhos”, lembrou.
“Altas habilidades não é aquele gênio, necessariamente. E sim uma pessoa que tem habilidades maiores em determinada área da vida, e às vezes não em outra. Às vezes é uma pessoa que não domina bem o raciocínio lógico-matemático, mas que se dá superbem nessa criatividade, no improviso, nesse pensamento mais sensível”, conta Carolina.
Depressão
No entanto, ainda segundo a profissional, este pode ser um gatilho para os quadros depressivos do humorista. “A gente tem, por trás desse diagnóstico, associado muitas vezes um estado depressivo”, continua a neuropsicóloga.
Desde que estourou como youtuber, Whindersson passou por alguns quadros de depressão que o levaram a se afastar, temporariamente, do trabalho. Este ano, o influenciador se internou para tratar depressão, ansiedade e uma dependência de álcool.
“Queria saber por que também desse… Essa vontade de terminar a garrafa, não poder tomar um pouco ou alguma coisa assim. Só queria se fosse inteira, só queria se fosse muito, só querer se fosse demais”, disse.
“Essas altas habilidades trazem pro indivíduo um pensamento muito acelerado, um questionamento sobre si, sobre o mundo, sobre as situações muito intenso e constante”, diz Carolina.
“Eu ia tentando, pelo meio das artes mesmo, fazer alguma gambiarra na minha vida, que me ajudasse. Porque eu não fui, tipo, assistido por pais que sabiam que tinha um filho com altas habilidades”, relembra o influenciador.
Para Carolina, o diagnóstico serve para a pessoa também começar a se entender, do por que fica tão triste ou “se sente tão rejeitado com coisas que, às vezes, os outros acham que não foi nada demais”.
Whindersson continua se tratando com um psiquiatra, passou a beber menos e diminuiu o tempo de tela.
“Eu já não estou mais pensando em vencer, em ser o primeiro, por saber que aqui é uma passagem, um tempo, mas ele é pequeno também se você para para pensar na eternidade”, finalizou.
Por: G1
