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Nasa descobre nova lua orbitando planeta do Sistema Solar

Nasa descobre nova lua orbitando planeta do Sistema Solar

Divulgação/NASA, ESA, CSA, STScI, M. El Moutamid, M. Hedman

A Nasa (Agência Espacial Norte-Americana, na tradução em português) descobriu uma nova lua orbitando Urano. O anúncio da entidade sobre o achado foi realizado nessa terça-feira (19/8). Com a identificação de mais uma lua, já são 29 satélites conhecidos orbitando o planeta integrante do Sistema Solar.

A descoberta feita através do Telescópio Espacial James Webb ocorreu em 2 de fevereiro deste ano e foi comandada pela Southwest Research Institute (SwRI), uma organização de pesquisa científica norte-americana.

“É uma lua pequena, mas uma descoberta significativa, algo que nem mesmo a sonda espacial Voyager 2 da Nasa conseguiu observar durante seu sobrevoo há quase 40 anos”, destaca a cientista-chefe da Divisão de Ciência e Exploração do Sistema Solar do SwRI, Maryame El Moutamid, em comunicado.

Com o auxílio de uma série de dez fotografias de longa exposição de 40 minutos, os cientistas acreditam que a lua possui apenas 10 quilômetros de diâmetro. Apesar de parecer grande, em termos astronômicos, existem objetos bem maiores.

A Câmera de Infravermelho Próximo (NIRCam) do telescópio que capturou o satélite mostrou que a lua está localizada a aproximadamente 56 mil quilômetros do centro de Urano. Provavelmente, o objeto faz parte de um sistema de pequenas luas que orbitam o planeta em regiões mais interioranas de outras luas maiores, como Miranda, Ariel, Umbriel, Titânia e Oberon – os satélites de Urano têm nomes inspirados em personagens de Shakespeare e Alexander Pope.

Segundo um dos membros da pesquisa, Matthew Tiscareno, Urano possui muitas luas internas pequenas, que têm complexas inter-relações com os anéis do planeta.

O que é o telescópio espacial James Webb?

Importância do James Webb no achado da lua
Por ser muito menor e ter a visualização menos densa que outras luas internas já conhecidas de Urano, a nova lua não foi detectada pela sonda espacial Voyager 2, que sobrevoou o planeta em 1986, ou por outros instrumentos ópticos. O único capaz de identificar o satélite foi o James Webb. Segundo Tiscareno, a descoberta abre portas para que outros objetos celestes inéditos sejam encontrados.

“Por meio deste e de outros programas, o Webb está oferecendo uma nova perspectiva sobre o Sistema Solar externo. Esta descoberta permite que cientistas do mundo todo proponham investigações usando os instrumentos de ponta do telescópio. A alta resolução e a sensibilidade infravermelha do instrumento NIRCam o tornam especialmente apto a detectar objetos tênues e distantes que estavam além do alcance de observatórios anteriores”, afirma o cientista.

A nova lua ainda precisa ser batizada e seu nome passará por aprovação da União Astronômica Internacional (IAU), a principal autoridade na atribuição de nomes e designações oficiais a objetos astronômicos.

Por: Metrópoles 

 

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