19 de agosto de 2025
Jornal A Gazeta do Acre

GAZETA 93,3FM Ouça agora

Sem resultados
View All Result
  • Capa
  • Últimas Notícias
  • POLICIA
  • Geral
  • POLÍTICA
  • Colunas & Artigos
    • Roberta D’Albuquerque
    • O prazer é todo meu
    • Marcela Mastrangelo
    • Beth Passos
  • Social
    • Márcia Abreu
    • Giuliana Evangelista
    • Beth News
    • Jackie Pinheiro
    • Roberta Lima
    • Gazeta Estilo
  • Publicações Legais
    • Publicações Legais
    • Comunicados
    • Avisos
    • Editais
Jornal A Gazeta do Acre

GAZETA 93,3FM Ouça agora

19 de agosto de 2025
Sem resultados
View All Result
Jornal A Gazeta do Acre
Sem resultados
View All Result

A força dos sotaques: quando o falar vira identidade

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
19/08/2025 - 10:14
A força dos sotaques: quando o falar vira identidade
Manda no zap!CompartilharTuitar

O português que se molda à floresta e às margens dos rios

No Brasil, cada canto do território carrega uma melodia diferente da mesma língua. No Acre, essa musicalidade tem contornos únicos: é o “r” mais arrastado que lembra o Norte, as expressões com forte influência amazônica e a cadência típica de quem cresceu entre a floresta, os rios e as fronteiras. Falar acreano não é apenas uma forma de comunicação — é um ato de identidade.

Durante muito tempo, sotaques regionais foram vistos com preconceito, como sinal de atraso ou falta de educação formal. No entanto, esse olhar vem mudando. Hoje, há um movimento crescente de valorização da diversidade linguística brasileira, que entende o sotaque não como um erro a ser corrigido, mas como herança cultural viva, moldada por séculos de história, migração e resistência.

O sotaque como marcador de território e origem

Um sotaque pode dizer muito sobre uma pessoa antes mesmo que ela revele sua cidade natal. Ele entrega pistas sobre o ambiente onde ela cresceu, com quem conviveu e até que tipo de mídia consumia. No caso do Acre, a fala carrega traços herdados do ciclo da borracha, da presença nordestina e da forte relação com a floresta amazônica.

Palavras como “mutum”, “mangar”, “caboco”, “caprichoso” e “engolir seco” compõem um vocabulário regional que sobrevive, mesmo diante da pressão da padronização televisiva e da linguagem das redes sociais. Jovens acreanos que estudam em outras regiões relatam como são constantemente identificados e, muitas vezes, questionados sobre sua forma de falar — o que revela tanto a força do sotaque quanto a falta de conhecimento do Brasil profundo por parte de outras regiões.

Resistência sonora diante da uniformização cultural

A globalização trouxe consigo uma tendência à homogeneização linguística. Palavras do inglês se infiltraram na linguagem cotidiana; expressões neutras, sem marca regional, passaram a dominar os discursos públicos e a comunicação institucional. Isso afeta diretamente a forma como as pessoas falam, especialmente nas grandes cidades e entre os mais jovens.

Ainda assim, o sotaque resiste. Ele se mantém nas canções populares, nos cordéis, nas conversas de beira de estrada e nos programas de rádio comunitária. E também nas produções digitais regionais, que começam a ocupar espaço no YouTube, no TikTok e em plataformas mais segmentadas.

A linguagem regional vira diferencial, autenticidade, conexão com um público específico. É o que explica, por exemplo, o sucesso de canais com foco local, serviços com abordagem culturalmente situada e até plataformas digitais que adaptam sua linguagem visual e funcional para refletir o público que atendem — como o https://vbetaposta.com.br/, que demonstra como uma experiência digital pode dialogar com o cotidiano regional sem abrir mão da clareza e da usabilidade.

Esse tipo de adaptação respeita e reafirma o lugar de fala de seus usuários.

O papel da escola e da mídia na preservação do falar local

Apesar dos avanços no reconhecimento da diversidade linguística, ainda há um longo caminho a ser percorrido dentro da educação formal. Muitas escolas, especialmente em áreas urbanas, seguem reprimindo o uso de expressões regionais, exigindo que os alunos abandonem suas marcas linguísticas em nome de uma “norma culta” muitas vezes distante de sua realidade.

Isso pode gerar efeitos psicológicos duradouros, como vergonha da própria origem ou insegurança ao se expressar. Por outro lado, quando os professores acolhem os sotaques dos alunos e os usam como ponto de partida para o aprendizado, criam pontes entre o saber popular e o saber formal.

A mídia também tem um papel fundamental. A presença de apresentadores, jornalistas e influenciadores com sotaques regionais contribui para legitimar essas vozes na esfera pública. Quando o sotaque deixa de ser exceção e passa a ser representação, mais pessoas se sentem autorizadas a falar — e a serem ouvidas.

Sotaques como patrimônio imaterial

A UNESCO reconhece que a diversidade linguística é parte do patrimônio imaterial da humanidade. No Brasil, projetos como o “Atlas Linguístico do Brasil” mapeiam essa riqueza, mostrando que não há um único português falado no país, mas centenas de variações — cada uma com sua história, sonoridade e função social.

RECEBA NOTÍCIAS NO CELULAR

Preservar os sotaques, portanto, é preservar modos de vida, memórias, tradições e afetos. É garantir que futuras gerações possam escutar a voz de suas avós e reconhecer nela uma herança legítima.

No Acre, como em outras regiões do país, a fala continua sendo uma forma de resistência: contra o apagamento, contra o preconceito e contra a ideia de que todos devem soar iguais para serem levados a sério. Em tempos de discursos pasteurizados e identidades moldadas por algoritmos, o sotaque — com todas as suas curvas e rugas sonoras — é uma maneira potente de afirmar: “eu sou daqui”.

Compartilhe:

  • Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela) WhatsApp
  • Publicar
  • Clique para compartilhar no Threads(abre em nova janela) Threads
  • Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela) Telegram
  • Clique para enviar um link por e-mail para um amigo(abre em nova janela) E-mail

Siga 'A Gazeta do Acre' nas redes sociais

  • Canal do Whatsapp
  • X (ex-Twitter)
  • Instagram
  • Facebook
  • TikTok



Anterior

Após declaração sobre vereadores, Clendes não comparece à Câmara para dar explicações sobre denúncias

Próxima Notícia

Pen drive com gravações de Marília Mendonça é alvo de disputa. Entenda

Mais Notícias

Flamengo lidera ranking de apostas divulgado por bet autorizada
8º guia gazeta

Flamengo lidera ranking de apostas divulgado por bet autorizada

19/08/2025
Virginia quebra silêncio sobre beijo após separação com Zé Felipe
8º guia gazeta

Virginia quebra silêncio sobre beijo após separação com Zé Felipe

18/08/2025
Goiás: pastor de calcinha já foi acusado de aplicar golpe em formandos
8º guia gazeta

Goiás: pastor de calcinha já foi acusado de aplicar golpe em formandos

18/08/2025
Felca é nomeado parceiro da saúde mental por associação de psiquiatria
8º guia gazeta

Felca é nomeado parceiro da saúde mental por associação de psiquiatria

18/08/2025
CNU: governo divulga detalhes da segunda edição do “Enem dos Concursos”
8º guia gazeta

Confira lista com 71 concursos abertos e 19.895 vagas em todo o país

17/08/2025
Homens casados ​​têm mais chances de envelhecer bem do que os solteiros
8º guia gazeta

Especialista afirma que dizer uma frase específica pode evitar discussões e até fim de casamentos; saiba qual é

16/08/2025
Mais notícias
Próxima Notícia
Pen drive com gravações de Marília Mendonça é alvo de disputa. Entenda

Pen drive com gravações de Marília Mendonça é alvo de disputa. Entenda

Com cerca de 360 focos de incêndio na área urbana, Semeia já autuou mais de 100 pessoas em Rio Branco

Queimadas fazem qualidade do ar piorar em Rio Branco, que segue como a 2ª cidade mais poluída do país

Jornal A Gazeta do Acre

© 2022 - Todos os direitos reservados. A Gazeta do Acre

  • Expediente
  • Fale Conosco

Sem resultados
View All Result
  • Capa
  • Últimas Notícias
  • Polícia
  • Geral
  • Política
  • Colunistas & Artigos
    • Roberta D’Albuquerque
    • O prazer é todo meu
    • Marcela Mastrangelo
    • Beth Passos
  • Social
    • Márcia Abreu
    • Giuliana Evangelista
    • Beth News
    • Jackie Pinheiro
    • Roberta Lima
    • Gazeta Estilo
  • Publicações Legais
    • Publicações Legais
    • Comunicados
    • Avisos
    • Editais
  • Receba Notícias no celular
  • Expediente
  • Fale Conosco

© 2022 - Todos os direitos reservados. A Gazeta do Acre