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Exército de Jesus: sobreviventes revelam como era a rotina de abusos de seita cristã

Uma nova série documental da BBC conta a história do movimento conhecido como Exército de Jesus, fundado em 1969 na Inglaterra e agora extinto.

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
02/08/2025 - 08:37
Jon Ironmonger se reuniu com a diretora do novo documentário da BBC, Ellena Wood, na Capela Bugbrooke em Northamptonshire, na Inglaterra. Lá, foi fundada a Fraternidade de Jesus, em 1969 — Foto: BBC

Jon Ironmonger se reuniu com a diretora do novo documentário da BBC, Ellena Wood, na Capela Bugbrooke em Northamptonshire, na Inglaterra. Lá, foi fundada a Fraternidade de Jesus, em 1969 — Foto: BBC

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Centenas de pessoas ainda estão traumatizadas com os abusos sofridos nas mãos de um antigo movimento religioso que caiu em desgraça.

Jon Ironmonger investigou o grupo conhecido como Exército de Jesus antes do seu fechamento, cinco anos atrás. Ele se encontrou com a diretora de uma nova série documental da BBC para contar a sua história.

À primeira vista, o Exército de Jesus parecia ser uma entusiasmada igreja da região rural de Northamptonshire, na Inglaterra.

Ela reunia 2 ou 3 mil membros, que usavam um chamativo uniforme militar, e contava com uma frota de ônibus com as cores do arco-íris.

Mas a realidade era muito diferente.

Em 2016, iniciei uma jornada que durou anos para expor uma das seitas mais abusivas do Reino Unido.

Na época, já havia relatos de práticas duvidosas e mortes sem explicação, como a de um jovem cujo corpo foi encontrado em uma linha de trem.

Meses depois, enquanto tomávamos chá na estação St. Pancras, em Londres, uma mulher que havia fugido do grupo quando era adolescente revelou a verdadeira escala dos danos causados pelo culto. Ela pediu para permanecer anônima.

“Quantas vítimas entraram em contato com você”, perguntei a ela. Eu esperava uma resposta talvez na casa dos dois dígitos.

“Perto de 600 ou 700”, respondeu ela, calmamente. Fiquei boquiaberto.

Seguiram-se dois anos de entrevistas e investigações, até que a BBC publicasse nossas descobertas. Elas detalham o abuso generalizado de crianças e mostram evidências de ocultação dos casos pela alta liderança do grupo.

Conhecida formalmente como Fraternidade de Jesus, a igreja fechou um ano depois.

Intrigado pelas notícias na imprensa sobre o escândalo que se revelava, a diretora de documentários Ellena Wood começou sua própria investigação sobre o Exército de Jesus em 2022.

Ela conversou com mais de 80 sobreviventes, além de familiares das vítimas. Dividido em duas partes, o filme é envolvente e, em certos trechos, angustiante.

“Em muitos casos, fui a primeira pessoa com quem eles compartilharam suas experiências”, ela conta, “e quase todos ainda estavam traumatizados. Em grande medida, foi um processo ao vivo para eles.”

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“Um dos pontos que me surpreenderam foi que eles descrevem o que conhecemos como abuso sexual, mas sem entendê-lo como tal, ou se culpando por aquilo.”

“E, como cineasta, eu quis transmitir ao público que você não deixa simplesmente uma seita e segue com sua vida”, prossegue Wood. “Ela pode informar tudo sobre você, suas decisões, sua forma de pensar, sua culpa, seus relacionamentos.”

Wood conta que se propôs a questionar as suposições sobre os motivos que fazem as pessoas permanecerem em seitas.

Ela compara a situação com a ideia de sair de um relacionamento doméstico, agravada pela angústia de abandonar a família, os amigos, seu dinheiro, emprego e sistema de apoio, além da ameaça inerente de ir para o inferno.

Ela conta, por exemplo, que um colaborador do grupo, Nathan, “mesmo lutando para aceitar o fato de ter sido aliciado e abusado sexualmente, admitiu que provavelmente retornaria ao Exército de Jesus, caso ele reabrisse”.

Para as crianças em particular, a vida nas diversas casas comunais do culto espalhadas pela região central da Inglaterra era intensa e repleta de perigos.

Cerca de uma a cada seis crianças sofreu abusos sexuais, segundo uma análise das queixas por danos apresentadas por cerca de 600 indivíduos.

As crianças eram separadas dos pais. Muitas vezes, elas dormiam em dormitórios ao lado de viajantes sem rumo e dependentes de drogas.

Muitas eram submetidas a surras diárias e enfrentavam longas sessões de culto, com exorcismos e retratações de pecados.

Ouvir o relato dos sobreviventes trouxe uma carga emocional para Wood.

“Eu havia acabado de ser mãe e tinha conversas detalhadas de duas ou três horas sobre abusos, às vezes envolvendo incesto”, explica ela. “Em seguida, meu filho vinha da creche e todas essas imagens mentais estavam na minha cabeça.”

“Você está formando estes relacionamentos que envolvem muito contato, muito reconforto, e tenta fazer o certo para todos. Por isso, às vezes, a carga é muito grande.”

Depois que o Exército de Jesus foi dissolvido, a BBC revelou que seu fundador, Noel Stanton (1926-2009), e seus chamados cinco apóstolos encobriram o abuso de mulheres e crianças, manipulando as denúncias.

Um antigo ancião descreveu o líder da igreja como “pedófilo predatório”. Ele me entregou um arquivo repleto de revelações e o acusou de estupro e abusos sexuais.

Stanton morreu em 2009, sem responder por nenhuma das acusações.

Wood afirma que “as pessoas tinham pavor e admiração por ele em igual medida. As crianças, principalmente, se mostravam completamente apavoradas”.

Mas a seita de Stanton era totalmente ruim ou terá começado como algo bom e se transformado em algo terrível?

“Se eu fosse tentar adivinhar, diria a segunda opção”, afirma Wood. “Acho que, quanto mais poder Noel tinha sobre alguém, mais controle ele sentia que precisaria ter.”

“Mas acho que o maior problema foi não relatar os abusos. As vítimas foram esquecidas e frequentemente sofreram gaslighting. Não há desculpas para isso.”

Ellena Wood sabe que muitas pessoas do Exército de Jesus tiveram experiências positivas.

“Não foi horrível para todos, todo o tempo”, explica ela, “e precisamos reconhecer que nada é preto ou branco no mundo.”

Em uma cena comovente do documentário, David, um ex-ancião forte defensor do grupo, irrompe em lágrimas com os cuidadosos questionamentos de Wood.

“Ele reconhece que precisa começar a acreditar que o que as pessoas enfrentaram é real”, ela conta. “E foi a primeira vez em que qualquer líder daquela igreja disse aquilo, foi um momento muito importante.”

A Fundação Fraternidade de Jesus, liquidante dos assuntos referentes ao Exército de Jesus, afirmou ter ficado perplexa com os abusos ocorridos e ofereceu um pedido de desculpas incondicional a todas as pessoas atingidas.

No ano passado, um esquema de reparação, parcialmente financiado por seguro, pagou danos individuais a centenas de vítimas, no valor médio de cerca de 12 mil libras (cerca de R$ 89,5 mil).

Fonte: BBC

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