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O Verão que Mudou a Minha Vida: por que a série conquista gerações?

O Verão que Mudou a Minha Vida: por que a série conquista gerações?

Foto: Reprodução

A terceira temporada da série O Verão que Mudou a Minha Vida, da plataforma de streaming Prime Video, está sendo um verdadeiro sucesso de audiência. O romance, que antes reunia um público majoritariamente adolescente e feminino, agora conquistou uma legião de fãs de diferentes gêneros e idades.

A história acompanha o desenrolar do “triângulo amoroso” entre Belly Conklin (Lola Tung) e os irmãos Conrad Fisher (Christopher Briney) e Jeremiah Fisher (Gavin Casalegno), filhos da melhor amiga de sua mãe;

Durante as férias de verão, Belly, que é apaixonada por Conrad desde criança, acaba percebendo que também sente algo especial por Jeremiah. Por curiosidade, os dois irmãos também são atraídos por ela, e a primeira temporada chega ao fim com ambos declarando seus sentimentos pela menina;

O seriado continua se desenrolando nesse drama familiar e amoroso entre o trio, agravado ainda mais pela morte da mãe dos rapazes, Susannah (Rachel Blanchard), na segunda temporada.

A nova temporada, que estreou em 16 de julho e vai ao ar até 17 de setembro, alcançou o primeiro lugar em mais de 120 países e somou 25 milhões de espectadores na primeira semana — um aumento de 40% em relação à temporada anterior, conforme dados compartilhados pela Amazon.

Sucesso repentino

Nas últimas semanas, as redes sociais como TikTok, Twitter e Instagram reuniram milhares de postagens de fãs reagindo aos episódios de O Verão que Mudou a Minha Vida, com debates calorosos entre o “time Conrad” e o “time Jeremiah”.

O que mais chama a atenção é a diversidade do público: mães, mulheres adultas e até mesmo homens, de adolescentes a mais velhos, mergulhando ativamente nessas discussões.

Intrigada para entender esse fenômeno, a coluna Claudia Meireles conversou com os psicólogos Wanderson Neves e Izabelle Santos, que apontaram as 3 principais razões por trás desse sucesso.

1 –  Emoções universais

Segundo a psicóloga Izabelle Santos, o hype de O Verão que Mudou a Minha Vida pode ser atribuído aos temas universais que a série aborda — amor, perda, amadurecimento e pertencimento — refletindo os afetos essenciais da experiência humana.

Todos esses sentimentos são fáceis de identificar na trajetória de Belly, que, para o psicólogo Wanderson Neves, é acima de tudo, uma jornada de amadurecimento. “A adolescência, com suas transformações intensas e muitas vezes confusas, é retratada com honestidade: os dilemas familiares, os amores que desestabilizam e os questionamentos sobre quem se é ganham espaço com sensibilidade”, explica.

E se engana quem pensa que essas temáticas têm um apelo somente para o público feminino: os homens também encontram referências de identidade e sentimentos na trama. “Conrad, com sua dificuldade em lidar com pressões internas, representa as tensões masculinas diante da vulnerabilidade. Já Jeremiah traduz leveza e espontaneidade, funcionando como uma alternativa de masculinidade mais aberta e afetiva. Isso amplia a identificação”, aponta Izabelle.

2 – Nostalgia

Os psicólogos também destacam que os espectadores mais velhos se conectam à trama por meio da nostalgia, revivendo emoções e memórias da juventude, além de lembranças do primeiro amor. Já os mais jovens encontram no enredo uma representação das suas próprias experiências atuais, criando um efeito de espelhamento que reforça o vínculo com a história.

“Quando a série retrata os rituais da adolescência, como o primeiro beijo ou a intensidade de um verão inesquecível, ela desperta tanto lembranças em quem já viveu quanto idealizações em quem ainda sonha com isso”, pontua Izabelle.

3 – Luto e relações familiares

Por fim, Wanderson Neves explica que o luto em relações familiares são outro ponto forte da trama que gera identificação e prende os espectadores de diversas idades.

“A série não se limita ao triângulo amoroso, ela mergulha nas complexidades dos vínculos afetivos e na dor da perda iminente. O luto, abordado com delicadeza, revela como a ausência pode reorganizar emocionalmente uma família inteira”, ressalta o psicólogo.

Fonte: Metropoles

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