O empresário René da Silva Nogueira Júnior, que matou a tiros o gari Laudemir de Souza Fernandes durante uma briga de trânsito, afirmou que o crime foi um ‘acidente’ e um ‘mal-entendido’ durante carta escrita e direcionada ao seu advogado nesta última segunda-feira (25).
“O que aconteceu foi um acidente com a vítima [..] Tenho certeza que resolveremos esse mal entendido”, afirma René.
Ele foi preso em flagrante enquanto malhava dentro de uma academia, horas depois de ter executado a tiros Laudemir de Souza, de 44 anos, que trabalhava na coleta de resíduos.
Durante audiência de custódia, Renê ainda revelou que após o ocorrido foi passear com seus cachorros e negou ter matado o gari. Entretanto, durante um novo interrogatório, o empresário confessou o homicídio.
Ele foi indiciado pelos crimes de ameaça e homicídio qualificado, por motivo fútil e uso de recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa de Laudemir. O empresário atualmente está preso no Presídio de Caeté, localizado em Belo Horizonte.
Troca de defesas
No texto escrito por Renê, ele também cita a troca de advogados em sua defesa. Segundo apuração da Itatiaia, a Justiça havia nomeado o Dr. Bruno Silva Rodrigues como defensor do empresário no processo, e isso substituiria o Dr. Dracon Cavalcante, que teria assumido recentemente como seu advogado.
É a terceira troca de representantes de Renê. Na última terça-feira (19), Cavalcante assumiu a defesa após o advogado, Leandro Guimarães Salles, ter deixado o caso.
Ainda segundo a apuração, Dracon diz ter recebido a informação com surpresa e foi confrontar Renê no presídio. O empresário então escreveu a carta manifestando o interesse de continuar ser defendido por ele.
“Me sinto representado tanto pelo Dr. Dracon como pelo Dr. Bruno Rodrigo. [..] Pedi ao mesmo para não sair do meu caso”, concluiu Renê.
Veja carta a seguir: