Acontece neste domingo o ato “Reaja, Brasil”, em Brasília, em defesa da anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos no dia 8 de janeiro de 2023 e pelo impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A carreata bolsonarista iniciou a concentração na Torre de TV às 8h30 e fará trajeto pelo Eixo Monumental até o condomínio Solar de Brasília, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) encontra-se em prisão domiciliar.
O deputado distrital Thiago Manzoni (PL-DF) é um dos organizadores da manifestação. Segundo o parlamentar, o movimento é orgânico e o objetivo é que ações como essa sejam realizadas “até que a justiça seja restabelecida”, comentou Manzoni.
“Esse é o movimento do povo de Brasília que está muito insatisfeito e muito descontente com o cenário atual do Brasil. A impressão que eu tenho é que o povo não vai sair das ruas, até que a justiça seja restabelecida no Brasil e até que o Brasil volte a ser um estado de direito”, disse o deputado.
A advogada e membro da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de janeiro (ASFAV), Carolina Siebra, 38 anos, acredita que as decisões de Moraes em relação aos condenados estão “fora da Constituição” e têm “viés político”.
“O que aconteceu no dia 8 de janeiro foram atos de vandalismo, não existe golpe de Estado”, disse Carolina. Para ela, as pessoas devem ser punidas “mas dentro do escopo legal”.
O ourives Vanderlei Suguino, de 59 anos, defende que os processos dos envolvidos nos atos antidemocráticos saiam do STF e sejam julgados na justiça comum. Entre eles, Bolsonaro. “Como ele não tem mais foro privilegiado, o correto é tramitar na primeira instância”, comentou.
O impeachment de Moraes é um dos assuntos que mais mobiliza os apoiadores do ex-presidente. “A gente tem que perder o medo. Infelizmente os excessos são públicos e notórios, as sanções de Trump foram reações e não ações”, completou.
Mesmo a tarifa de 50% imposta ao Brasil em alguns produtos exportados aos Estados Unidos, prejudicando a economia brasileira e os setores atingidos pela medida, os manifestantes acreditam que só aconteceu devido à falta de negociação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e não por atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).