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Candidatos aprovados denunciam favorecimento no TJAC e cobram nomeações; tribunal garante convocação planejada

Candidatos aprovados denunciam favorecimento no TJAC e cobram nomeações; tribunal garante convocação planejada

Foto: Arquivo/TJAC

Candidatos aprovados no concurso público do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), realizado em 2024, entraram em contato com a reportagem do portal A GAZETA para denunciar o que classificam como “situação alarmante de preterição”. Segundo informações encaminhadas por um denunciante que não quis se identificar, o tribunal estaria ocupando cargos com terceirizados, estagiários e servidores deslocados de outras funções, mesmo havendo aprovados no certame aguardando nomeação.

A reportagem entrou em contato com o TJAC, que respondeu aos questionamentos apontados pela denúncia. O tribunal informou que “todos os aprovados dentro do número de vagas serão convocados, de forma planejada e segura, conforme definido no estudo técnico já concluído” (leia a nota na íntegra abaixo).

A denúncia, assinada como “Comissão de Aprovados do TJAC” cita que as informações são baseadas em dados disponíveis no próprio Portal da Transparência do tribunal. Por isso, a comissão solicita posicionamento oficial do TJAC, destacando que a prática de preterição — quando há contratação de pessoas ou remanejamento interno para cargos com aprovados ainda não convocados — fere princípios constitucionais, como o da impessoalidade e da moralidade administrativa.

“Aguardamos com urgência a nomeação dos candidatos devidamente aprovados, que se prepararam com dedicação e compromisso para ocupar seus cargos de direito”, declarou o denunciante.

Veja os três casos mais graves denunciados e, abaixo, a resposta do TJAC:

Segundo o TJAC, no mês de agosto, será realizado um chamamento de candidatos aprovados para o cargo de oficial de justiça. “A Constituição Federal impõe à Administração Pública o dever de garantir a continuidade dos serviços essenciais. Enquanto se finaliza o estudo de lotação e remoção, foi necessário designar provisoriamente outros oficiais de justiça lotados em comarcas contíguas e, excepcionalmente, servidores administrativos para o exercício da função, em processos isolados, evitando prejuízo à sociedade. Não adotar essas medidas provisórias significaria descumprir a lei e comprometer o funcionamento da Justiça”.

De acordo com o Tribunal de Justiça, há duas dotações distintas de pessoal, sendo uma para policiais militares – cedidos para reforço na segurança -, e outra para policiais judiciais – integrantes do quadro efetivo. “Com a conclusão do estudo neste mês de agosto, o chamamento dos policiais judiciais já será iniciado nas próximas semanas, de acordo com a necessidade apontada para cada comarca”.

O Poder Judiciário informou À GAZETA que a contratação de estagiários segue normas do Tribunal, integrando uma política social de incentivo à formação profissional, “sendo função completamente distinta da exercida pelos servidores efetivos. Não há sobreposição de funções nem preterição de candidatos aprovados em concurso. Cada comarca possui dotações específicas para estagiários e para servidores, que não se confundem”.

Leia a nota do Tribunal de Justiça do Acre na íntegra:

Resposta do Tribunal de Justiça do Acre à imprensa

O Tribunal de Justiça do Acre está conduzindo, desde o início do ano, um estudo detalhado de lotação e remoção de servidores, para que o chamamento dos aprovados no concurso seja feito de forma planejada, segura e alinhada à real necessidade de cada comarca. Esse estudo foi concluído no início deste mês de agosto e, a partir dele, será iniciado o chamamento dos aprovados dentro do número de vagas previstas.

Sobre os pontos levantados:

Oficiais de Justiça
Importante destacar que, neste mês de agosto, será realizado o chamamento de candidatos aprovados para o cargo de oficial de justiça, dentro das vagas previstas no edital. A Constituição Federal impõe à Administração Pública o dever de garantir a continuidade dos serviços essenciais. Enquanto se finaliza o estudo de lotação e remoção, foi necessário designar provisoriamente outros oficiais de justiça lotados em comarcas contíguas e, excepcionalmente, servidores administrativos para o exercício da função, em processos isolados, evitando prejuízo à sociedade. Não adotar essas medidas provisórias significaria descumprir a lei e comprometer o funcionamento da Justiça.

Policiais Militares e Policiais Judiciais
Há duas dotações distintas de pessoal: uma para policiais militares, cedidos para reforço da segurança institucional, e outra para policiais judiciais, que integram o quadro efetivo do Tribunal. Com a conclusão do estudo neste mês de agosto, o chamamento dos policiais judiciais já será iniciado nas próximas semanas, de acordo com a necessidade apontada para cada comarca.

Estagiários e Técnicos Judiciários
A contratação de estagiários segue normas internas do Tribunal e integra uma política social de incentivo à formação profissional, sendo função completamente distinta da exercida pelos servidores efetivos. Não há sobreposição de funções nem preterição de candidatos aprovados em concurso. Cada comarca possui dotações específicas para estagiários e para servidores, que não se confundem.

O Tribunal cumpre rigorosamente as normas mantendo uma gestão responsável dos recursos humanos, assegurando que o serviço à população não seja interrompido. É importante ressaltar que o concurso do TJAC foi homologado há apenas um ano e está dentro de sua validade legal de dois anos.

Reiteramos que todos os aprovados dentro do número de vagas serão convocados, de forma planejada e segura, conforme definido no estudo técnico já concluído.

Por fim, o Tribunal de Justiça do Acre reafirma seu compromisso com a transparência, a legalidade e a boa gestão, garantindo que a sociedade acreana continue recebendo um serviço judicial eficiente e de qualidade.

 

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