O empresariado está positivo quanto ao segundo semestre de 2025 — pelo menos, é o que afirma pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio-AC). De acordo com a instituição, 83,7% dos 101 comerciantes entrevistados acreditam em bons negócios para o período.
O levantamento foi realizado em 31 de julho e divulgado na última semana, destacando ainda que 7,7% esperam um cenário de estabilidade, 4,8% disseram não saber o que esperar e 3,8% demonstraram pessimismo, considerando a possibilidade de resultados negativos.
Datas comemorativas impulsionam otimismo
Segundo a Fecomércio-AC, o otimismo está diretamente ligado ao aumento do consumo típico do segundo semestre, com destaque para o Dia dos Pais, Dia das Crianças, Black Friday, Natal e Réveillon, que tradicionalmente movimentam o comércio local.
Para alavancar as vendas, os empresários também apontaram estratégias consideradas prioritárias. Entre elas, estão o investimento em propaganda (30,1%), reposição e ampliação de estoque (22,8%), ações promocionais (17,6%) e redução de preços (13,2%).
Principais preocupações do setor
Apesar do otimismo, a pesquisa também identificou fatores que preocupam os comerciantes acreanos. A falta de dinheiro em circulação é apontada como a principal ameaça para 42,1% dos entrevistados. Em seguida aparecem a carga tributária elevada (24%) e o endividamento da população (15,7%).
A concorrência com grandes redes varejistas é vista com certa ambivalência: 31,7% afirmam que não há grande impacto no pequeno comércio, enquanto 21,2% reconhecem a presença das grandes marcas como ameaçadora. Outros 28,8% dizem não se preocupar com o tema, enquanto 18,3% afirmam que isso os preocupa bastante.
Redes sociais como aliadas
A pesquisa também destacou o papel fundamental das redes sociais na divulgação dos produtos. Segundo o levantamento, 92,3% dos comércios de Rio Branco utilizam plataformas digitais para promover suas marcas. O Instagram lidera o ranking com 49,5% de adesão, seguido pelo WhatsApp (26,6%) e Facebook (17,9%). Apenas 4,3% disseram não utilizar nenhuma rede social para fins comerciais.
Por fim, o estudo investigou a percepção dos empresários sobre as tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos em transações de mercado externo. A maioria, 87,4%, demonstrou preocupação com os impactos, enquanto 10,7% se mostraram indiferentes e 1,9% preferiu não opinar.