O exame genético realizado na bebê Aurora Maria, que sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus durante um banho na Maternidade do Hospital da Mulher e da Criança do Juruá, em Cruzeiro do Sul, descartou a hipótese de epidermólise bolhosa, doença rara inicialmente cogitada como possível causa das lesões.
O resultado foi disponibilizado pela família nesta quarta-feira, 6, mesmo dia em que Aurora e os pais retornaram ao Acre. O documento aponta que as erupções bolhosas começaram no primeiro dia de vida, iniciando-se na perna direita e depois na esquerda, com lesões extensas nos pés, dedos e tornozelos, além de evolução com piora progressiva.
Apesar desse quadro clínico, o laudo, emitido na terça-feira, 5, conclui que há “ausência de variantes nos genes listados que isoladamente justifiquem o quadro clínico”, descartando a presença da epidermólise bolhosa.
A técnica de enfermagem responsável pelo banho em que ocorreram as queimaduras segue afastada. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), o processo administrativo disciplinar (PAD) ainda está em curso.
A profissional prestou depoimento à Polícia Civil no último dia 27 de junho, e segundo o delegado responsável pelo caso, Vinícius Almeida, o inquérito deve ser remetido ao Poder Judiciário nesta quinta-feira, 7.