Há um impasse, no governo do Acre, sobre qual pasta será responsável pela reforma do calçadão do Novo Mercado Velho, que sofreu desbarrancamentos após sucessivas enchentes do Rio Acre na capital.
A GAZETA apurou com a gestão que, inicialmente, os trabalhos ficaram a cargo da Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop), que não teria conseguido iniciar o serviço por motivos ainda não esclarecidos.
Com isso, a obra passou para os cuidados da Secretaria de Estado de Habitação de Urbanismo (Sehurb), que, por falta de maquinário, tentou transferir a responsabilidade para o Departamento de Estradas de Rodagens do Acre (Deracre), que já trabalha na contenção da encosta e reforma da passarela Joaquim Macedo.
No entanto, a autarquia se recusa a executar o trabalho, alegando não ser de sua competência. “A parte que está sob responsabilidade do Deracre é a contenção e a restauração da passarela. Sobre as demais etapas, acreditamos que já estejam definidas, porém, elas não são de competência do Deracre, portanto não podemos nos manifestar sobre quem as executará”, disse o órgão, em nota encaminhada à reportagem.
E o impasse vai além. Há, no governo, quem defenda que a obra deva ser tocada pela prefeitura. Enquanto isso, vários comerciantes que tiveram de deixar o espaço amargam prejuízos e lamentam as incertezas.
Foi em nome deles que o vereador Moacir Junior (Solidariedade) usou a tribuna na Câmara de Rio Branco, nesta quinta-feira, 7, para trazer o caso a público, após reunião com a presidente do Deracre Sula Ximenes.
“Muitos empresários dependem daquele ponto e há relatos até de empregos que foram perdidos por conta da interdição”, disse o parlamentar, que lamentou a demora na conclusão das obras daquele que já foi um dos principais cartões postais da cidade e que há anos sofre com a descaracterização pela presença intensa de tendas de feirantes, além da deterioração pela passagem do tempo e pouca manutenção estruturante.